
Veja o que pode mexer com o mercado do milho na próxima semana; Queda do dólar e retomada da atividade econômica podem favorecer o preço do milho nos próximos dias; veja análise
A semana que começa na próxima segunda, 8, deve ter um pouco de otimismo. A desvalorização do dólar e a reativação da demanda do etanol tem colaborado para a melhoria nos preços do cereal, mesmo com os efeitos da pandemia ainda evidentes.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari.
- Mercado externo tem um certo otimismo neste início de junho;
- Retomada das altas no petróleo, desvalorização do dólar e reativação da demanda de etanol colaboram para alguma melhoria nos preços do milho;
- Contudo, ainda há a necessidade de ativação da atividade econômica e melhor recomposição do setor de etanol e alimentos nos EUA;
- Novos pacotes de estímulos nos EUA e Europa e o surpreendente número de criação de empregos em 2,5 milhões, para uma estimativa de 8 milhões negativos, ajudaram a gerar o otimismo nas bolsas e no dólar;
- Lavouras 74% boas a excelentes e falta de previsão meteorológica negativa mantém o milho volatilizando entre US$ 3.20 e 3.45/bu na CBOT até a confirmação da safra;
- EUA terá que carregar vendas na exportação nas próximas semanas para evitar problemas de logística na colheita de uma safra recorde em setembro;
- No mercado interno, além da natural sazonalidade de colheita da safrinha em que os preços internos se adéquam aos níveis de portos, súbita valorização do real também afeta;
- Os níveis de porto cederam a R$ 43/44 na última semana contra uma máxima de R$ 52/53 em abril/maio;
- Como o Brasil precisa exportar 30 milhões de toneladas este ano, o preço de porto baliza os preços de mercado interno no segundo semestre. E estes novos níveis representam baixas para os preços no interior na colheita;
- Daqui para frente, o mercado ficará ao sabor da colheita da safrinha, do câmbio e do quadro climático nos EUA;
- Caso o produtor recue nas vendas agora devido aos preços mais baixos, poderemos exportar pouco e comprometer uma recomposição de preços mais a frente. Caso as exportações tenham bom ritmo, há chances de retomada de preços a partir de novembro.
- Abertura de mercado na União Econômica Euroasiática para exportação de fármacos de origem animal
- Aprosoja MT considera derrubada de veto fundamental para produção de bioinsumos on farm
- CNA prevê Valor Bruto da Produção de R$ 1,52 tri em 2025, alta de 12,3% ante 2024
- Parque da Água Branca volta ser a sede da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga
- Com mais de 17 milhões de hectares em sistemas ILPF, Brasil aumenta competitividade no mercado global
Preços do milho recuaram no mercado interno
Os preços do milho recuaram no mercado interno com a queda do dólar e o início da colheita da segunda safra no país.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região de Campinas-SP, a referência está em R$50,00 por saca de 60 quilos, sem o frete (4/6).
Na comparação com a média de maio deste ano a cotação do milho caiu 5,7%, mas em relação a junho do ano passado, o cereal está custando 30,6% mais este ano.
Para o curto prazo, caso não haja nenhuma mudança do lado da demanda, existe espaço para queda no preço do milho no mercado brasileiro com o avanço da colheita da segunda safra e o dólar recuando.
Compre Rural com informações da Agência Safras, Scot Consultoria e Canal Rural