Pecuária de Baixo Carbono deve ganhar incentivo

Além disso, a novidade ajudaria a aumentar o peso do gado e a reduzir o tempo de engorda a pasto de em pelo menos um ano. Veja as novidades!

O governo federal deve lançar ainda este ano um programa para incentivar a redução de emissão de gases que contribuem para o efeito estufa na atividade pecuária brasileira.

Segundo o deputado Sérgio Souza (MDB/PR), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a Embrapa está desenvolvendo uma tecnologia para a alimentação animal capaz de eliminar a liberação do metano por meio do arroto dos bovinos. O gás é mais agressivo que o carbono para a camada de ozônio e é emitido, principalmente, pelo rebanho nacional. 

Além disso, a novidade ajudaria a aumentar o peso do gado e a reduzir o tempo de engorda a pasto de em pelo menos um ano.

O deputado também afirmou que a intenção é apoiar produtores que adotem práticas sustentáveis como a produção agrossilvipastoril em sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta, nos moldes do programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono).

A implementação dessas técnicas, na avaliação do parlamentar, faria o Brasil atingir a meta do Acordo de Paris de combate às mudanças climáticas.

“Acredito que no segundo semestre o governo possa lançar um programa que sozinho vai cumprir o tratado de Paris independente das outras ações. Há uma tecnologia vindo aí de uma forma que o boi não emita, no momento do rúmen, não emita metano e esse metano se transforme em um alimento que vai se transformar em proteína, em carne. Você vai reduzir o tempo do pasto do boi, de 4 para 3 anos, vai aumentar o seu peso e reduzir as emissões. Isso a Embrapa está trabalhando, mais alguns grupos junto com Ministério da Agricultura. Além disso, claro, a pecuária de baixo carbono, quando você fala em integração Lavoura-Pecuária-Floresta, o agrossilvopastoril, isso também vai ser incrementado pelo governo e incentivado para aqueles que quiserem fazer. Aqueles que praticarem essas práticas de agricultura sustentável terão incentivos do governo”, afirmou.

Segundo Sérgio Souza, a ideia é transformar o metano que seria emitido pelo arroto dos bois em proteína.

“Você transforma o metano em amônia. Tem uma forma de fazer isso, usando um mecanismo no momento de colocar o sal mineral, o alimento, e amônia é a comida para transformar em proteína. Transforma metano em amônia e a amônia vira carne, vira leite”.

Fonte: Canal Rural

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