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Plantação de milho: 6 passos para maior produção e lucro

Plantação de milho: conheça os sistemas de cultivo, densidade, manejo da lavoura e outros pontos importantes para maior rentabilidade.

O Brasil é um dos principais produtores de milho, com estimativa de colher mais de 115 milhões de toneladas na safra 2021/22, segundo a Conab. Para isso, em áreas com milho de tecnologia do Mato Grosso, os gastos totais com o milho na safra 2022/23 será de R$ 5.434. Alcançar uma boa produtividade é essencial para ‘diluir’ esses custos e correr menores riscos de prejuízo, especialmente na safrinha. A seguir, listamos 6 passos que vão te ajudar a  obter melhor produção na safra verão e safrinha. Confira!

Plantação de milho para alta produtividade: safra e safrinha

Para obter uma boa produtividade e lucro em sua lavoura de milho, você precisa de um planejamento agrícola bem feito. Para isso, comece definindo se irá plantar safra e/ou safrinha. O milho safra é plantado entre outubro e dezembro. O milho safrinha pode ser cultivado entre janeiro e abril.

A segunda safra é chamada de safrinha por não ser plantada em um período ideal para a cultura. Nesse período, pode ocorrer déficit hídrico. O ciclo do milho safrinha também pode ser prolongado por haver menor insolação em algumas regiões no país.

Por muitos anos, a safrinha era considerada um cultivo de risco e de menor produtividade. Atualmente, com um bom planejamento, a produção já é maior ou igual à do milho safra. Normalmente, não existe diferença entre o ciclo do milho safra e safrinha. O que pode ocorrer é um prolongamento do ciclo devido às condições climáticas.

(Foto: Pioneer Sementes)

Por isso, o ideal é plantar o milho safrinha o mais rápido possível. Assim, a cultura não sofre tanto com falta de água e de luminosidade. A colheita do milho da safra verão também deve ser realizada o mais rápido possível. Em seu planejamento, você precisa considerar se haverá necessidade de irrigação na lavoura de milho para sua região. Também vale verificar o custo que terá com essa atividade.

Considere também a produção estimada e o lucro proporcionado. É importante analisar o custo/benefício da safra e da safrinha do milho. Assim, é possível definir qual sistema irá realizar na sua propriedade. Outro ponto fundamental para plantação de milho é definir o sistema que será utilizado no plantio. Veja mais sobre isso em seguida.

Plantio convencional x plantio direto na cultura do milho

O sistema de Plantio Direto visa um menor revolvimento do solo e mantém o máximo de resíduos das culturas anteriores.  Isso deixa o solo rico em matéria orgânica. Com isso, o solo fica coberto, há menor erosão e maior fertilidade. Mas como definir qual sistema de plantio é mais vantajoso para sua lavoura?

Se optar pelo Plantio Direto, lembre-se que a área sempre necessita estar coberta. Você precisará de culturas de cobertura. Caso opte pelo plantio convencional, precisará planejar todas as atividades de preparo do solo e ainda pensar em sua conservação. Por isso, a escolha de qual sistema utilizar na produção de milho depende muito de quem produz e da tecnologia empregada na lavoura.

Sistema de plantio direto pode ser feito na cultura do milho. Foto: Cerrado Rural

Agora que falamos sobre as épocas de plantio de milho e sistemas de cultivo, veja 6 passos para ter maior produção e lucro na plantação de milho.

Plantação de milho: 6 passos para maior produção e lucro

1° passo: Densidade populacional

No Brasil, a densidade de plantas varia de 30 mil a 90 mil plantas por hectare. Ao elevar essa densidade, podemos observar aumento da produtividade (Kg/ha) até certo ponto. A partir deste ponto ótimo, as plantas de milho começam a competir entre si por espaço, luz, água e nutrientes. Isso resulta na diminuição da produtividade.

Vários fatores interferem nessa densidade populacional ótima, especialmente:

  • Características dos híbridos;
  • Condições ambientais;
  • Condições de manejo.

Desse modo, o espaçamento entre linhas pode variar. O espaçamento convencional varia de 80 cm a 90 cm. O espaçamento reduzido, de 45 cm a 50 cm. Esse é o mais utilizado atualmente. A profundidade de plantio das sementes de milho varia em relação ao solo.

Em solos arenosos, é recomendável profundidade de 5 cm a 8 cm. Em solos argilosos o plantio é feito em profundidade de 3 cm a 5 cm. As temperaturas ideais do solo para a germinação adequada do milho devem estar entre 25 ºC e 30 ºC. Temperaturas menores que 10 ºC ou maiores que 40 ºC são prejudiciais à germinação. A velocidade ideal de semeadura é de 10 km em semeadoras a vácuo e de 4 a 6 km h-1 em semeadoras de discos.

Plântulas de milho no teste de emergência. Foto: Arquivo pessoal da autora

2° Passo: Diferentes épocas de plantio exigem diferentes manejos

Dependendo da época de plantio, a cultura do milho estará exposta a uma condição de clima diferente. Ou seja, o milho safrinha pode sofrer com déficit hídrico e com a menor luminosidade. Isso estende seu ciclo de cultivo, mesmo para milho verde. Por isso, dependendo da época de plantio e das cultivares de milho, há um manejo diferente. Fique de olho nas condições meteorológicas da sua região. Também defina se precisará fazer o plantio de milho irrigado na safrinha.

3° Passo: Análise de solo e adubação

Você precisa fazer a análise de solo para identificar a fertilidade e as necessidades do solo local. Assim, com a interpretação dos dados da análise, é definido o que precisa ser feito na área. Por exemplo:

  • calagem;
  • gessagem;
  • identificar qual nutriente está deficiente no solo, etc.

A adubação também depende da produtividade esperada. Ou seja, depende da exportação de cada nutriente retirado do solo para produzir o grão e do histórico das culturas anteriores. Lembre-se que o nitrogênio é muito importante para a cultura do milho. Sua deficiência pode comprometer a produtividade.

4° Passo: Manejo fitossanitário

Monitore a sua lavoura frequentemente! Fique de olho em possíveis doenças, pragas e plantas daninhas. Isso te ajuda a definir o momento ideal de realizar o manejo fitossanitário na sua lavoura.

Várias doenças podem ocorrer na cultura do milho. Por exemplo:

  • ferrugens;
  • cercosporiose;
  • antracnose;
  • helmintosporiose;
  • enfezamento do milho.

Por isso, é essencial fazer o monitoramento da cultura. Fique sempre de olho nas condições ideais para a ocorrência das doenças.

Sintomas e condições ambientais favoráveis às principais doenças do milho. Foto: Divulgação

Também fique de olho nas pragas comuns na cultura do milho, como a lagarta-do-cartucho. Por isso, não deixe de considerar o Manejo Integrado de Pragas (MIP) na sua lavoura.

Uma estratégia válida é a utilização de híbridos de milho com a tecnologia VTPRO4. Essa variedade protege a sua lavoura contra:

  • Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda);
  • Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea);
  • Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus);
  • Larva alfinete (Diabrotica speciosa);
  • Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon);
  • Broca-do-colmo (Diatraea saccharalis).

Além disso, a variedade oferece maior flexibilidade no controle de plantas daninhas. Lembre-se que as plantas daninhas interferem muito na produtividade do milho. Elas podem reduzir o rendimento da cultura em até 70%, dependendo da espécie, estádio fenológico, condições meteorológicas, tipos de solo e outras.

Plantas daninhas na cultura do milho. Foto: Arquivo pessoal da autora)

5° Passo: Gestão da lavoura

Ser eficiente na agricultura é muito importante para o sucesso do agronegócio. Isso te dá lucros e rendimentos com a atividade. Quando você pensa em eficiência, pode pensar em produzir certa quantidade de grãos, por exemplo. Mas você sabe ao certo qual é essa quantidade para ser eficiente?

Para chegar a essa quantidade, primeiramente você tem de realizar a gestão da sua lavoura. Com a gestão da sua propriedade rural, você determina quais foram os gastos com a lavoura, qual o valor de venda do grão e quanto lucro pretende obter.

Dessa forma, você consegue mensurar a quantidade que precisa produzir para pagar todos os gastos e registrar lucro. Para esse gerenciamento, você pode utilizar planilhas ou softwares agrícolas. Eles te ajudam a analisar as informações da fazenda, melhorando a tomada de decisão!

Com Aegro você consegue fazer a gestão da sua fazenda e visualizar a rentabilidade da lavoura. Saiba mais sobre o software agrícola aqui

6º passo: Colheita

Após atingir a maturidade fisiológica o milho pode ser colhido. Para reconhecer o ponto de maturidade fisiológica, você deve se atentar a dois aspectos visuais do grão.

  • O avanço da linha de leite até a ponta do grão;
  • A formação de uma camada negra na inserção do grão no sabugo.

A colheita deve ser realizada quando os grãos atingirem umidade inferior a 16%. Se estiver com dúvidas quanto a umidade dos grãos, retire amostras e leve até um laboratório.

8 materiais gratuitos para te ajudar na plantação de milho

E-books

1. Guia definitivo do planejamento agrícola para milho e soja: veja sobre as principais informações para seu planejamento da safra de milho e soja.

2. Guia de manejo do milho: saiba como melhorar o manejo do milho desde o plantio até a colheita.

Planilhas

3. Estimativa de produtividade do milho: estime a produtividade antes da colheita, apenas coletando algumas plantas.

4. Controle da cigarrinha-do-milho: liste produtos para controle biológico e químico, com suas respectivas recomendações gerais.

5. Manejo Integrado de Pragas: veja o nível de controle para cada praga de soja e milho em relação à sua área, sabendo quando pulverizar.

6. Planejamento da Safra de Milho: monitore e planeje sua lavoura de milho a partir do ciclo da cultivar e da época do plantio. Você também pode obter a previsão das atividades da lavoura, como data de adubação, plantio, aplicação de fungicida e herbicida.

7. Planilha para adubação do milho: adicione os dados da análise de solo e a planilha fará o resto para você!

Webinar

8.Tudo o que você precisa saber sobre plantas daninhas na 2ª safra de Milho: nesse webinar, o Prof. Dr. Pedro Christoffoleti explica as principais boas práticas para manejar as plantas daninhas na safrinha de milho.

Texto: Gressa Chinelato/BlogAegro

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