Preço da arroba vai subir ou descer? Confira e se prepare!

Com escalas que chegam a mais de 10 dias úteis em algumas praças, indústrias devem abrir a semana com maior pressão nos preços da arroba!

O final da primeira semana de maio ainda foi marcada por muita volatilidade nos preços da arroba, a depender da praça pecuária avaliada. De forma macro, estamos vendo uma certa “estabilidade” nos preços da arroba ao longo da última quinzena. Entretanto, apesar dessa sustentação dos preços, negociações abaixo da referência continuam a acontecer.

Em um momento de maior oferta de boi gordo, devido ao início da deterioração do pasto em boa parte do País e, consequentemente, a necessidade da retirada dos animais das fazendas de corte, maio iniciou com as escalas de abate confortáveis para os frigoríficos brasileiros, informa a Agrifatto.

O volume de negócios no mercado físico do boi gordo seguiu cadenciado, visto que a maioria das unidades de abate iniciaram o mês com escalas confortáveis, sem maiores urgências nas compras de gado.

A semana terminou com o mercado paulista menos comprador, apontou a Scot Consultoria, colaborando com as informações supracitadas, resultado do avanço das escalas de abate. Com isso, os preços ficaram estáveis na comparação feita dia a dia, somando 15 dias úteis de estabilidade para o boi gordo, com negócios abaixo da referência registrados. Assim, as cotações do boi, vaca e novilha gordos estão em R$315,00/@, R$279,00/@ e R$312,00/@, na mesma ordem, preços brutos e a prazo.

Os preços para o boi China se mantêm em R$330,00/@. Para o Boi Comum, ou seja, com destino ao mercado interno paulista, município de Anhumas, teve negócios de R$ 315,00/@ com pagamento à vista e abate para 16 de maio.

Segundo o app da Agrobrazil, a média paulista recuou e fechou a R$ 322,28/@. Para as praças do Centro-Oeste, os valores ficaram em R$ 302,05/@ em Mato Grosso do Sul; Em Goiás o valor médio é negociado a R$ 293,00/@ e em Mato Grosso, os pecuaristas informaram negociações que possuem R$ 303,40/@ como média.

O Indicador do Boi Gordo – Cepea/Esalq, fechou com a média estável e acumulando uma queda mensal de 0,68%. Sendo assim, os preços se mantiveram em R$ 33,35/@, conforme o gráfico abaixo. Ainda segundo a instituição, o valor da arroba em dólar teve segue cotada a US$66,27/@.

Escalas de abate alongadas e maior oferta de animais

Segundo levantamento realizado nesta sexta-feira (6/5) pela Agrifatto, a média nacional das escalas de abates se encontra próxima dos 10 dias úteis, 1 dia acima do quadro médio das programações registrado na semana passada. Veja abaixo os dados sobre as escalas de abate nas principais regiões pecuárias, conforme apuração da Agrifatto:

São Paulo – As indústrias fecharam a sexta-feira com 12 dias úteis programados, avanço de 1 dia no comparativo entre as semanas.

Pará – As escalas de abate se encontram na média de 14 dias úteis, 6 dias de alta no comparativo semanal.

Tocantins – As indústrias estão com as escalas próximas dos 10 dias úteis, sem alteração ante a semana passada.

MG, GO e MT – Os frigoríficos mineiros, goianos e mato-grossenses encerraram a semana com as escalas na média de 9 dias úteis. Em Minas Gerais e Goiás, a programação de abate avançou 1 dia no comparativo semanal, enquanto em Mato Grosso houve o aumento de 3 dias no período.

Rondônia – As indústrias mantiveram as suas escalas próximas dos 8 dias úteis, sem alteração ante o que foi visto na semana passada.

Mato Grosso do Sul – As escalas de abate estão na média de 7 dias úteis, também sem variação no comparativo semanal.

Alerta para as pastagens

Nesta época do ano, agentes do setor pecuário nacional reforçam as atenções sobre as condições das pastagens, que começam a ficar deterioradas. Assim, a oferta de animais para abate tende a crescer um pouco neste período, o que, por sua vez, pressiona as cotações da arroba.

De fato, a série do Cepea de 1995 a 2021 mostra que, em média, os valores da arroba recuam 2,5% entre abril e maio no mercado paulista (Indicador CEPEA/B3) – para esse cálculo, foram considerados os valores médios mensais deflacionados pelo IGP-DI março/22.

Na parcial de maio deste ano, a média do Indicador CEPEA/B3 está em R$ 333,38, praticamente estável frente à do mês anterior. Pesquisadores ressaltam, contudo, que este movimento pode se alterar em anos distintos e também em cada região do território nacional.

“A menor oferta global, associada a problemas com abastecimento, vêm mantendo a carne bovina brasileira valorizada no exterior”, destacam os analistas da IHS.

Exportações

Pelo quarto mês seguido, as exportações brasileiras de carne bovina bateram recorde mensal em termos de volume e receita. De acordo com dados preliminares da Secex, em abril de 2022, o Brasil exportou 157,47 mil toneladas de carne bovina in natura, com um desempenho 25,5% superior a abril de 2021.

Além do maior volume já registrado no mês, a receita de US$977,7 milhões também foi a maior já registrada para o período, efeito do valor médio pago na tonelada da proteína, em US$6.209,00, preço 30,3% superior ao recebido pelo produto exportado na média de abril de 2021.

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