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Procura por confinamento cresce com queda da qualidade da pastagem

Custos sobem nesta época, mas confinar o gado é a melhor saída para alguns criadores. Veja porque o confinamento é opção!

No final do outono, começo do inverno, a qualidade das pastagens cai muito. Na fazenda de Vangélio Mondeli, em Regionópolis (SP), as 1.500 cabeças de gado começaram a receber uma suplementação alimentar três vezes ao dia. Sem comida no campo, os animais preferem ficar perto dos cochos.

Cada boi chega a comer 16 quilos de ração, o que é um gasto a mais para o criador, que calcula uma despesa adicional de R$ 5,50 em média, por dia, com cada animal. O criador explica que se os animais comerem menos ficam mais magros e vulneráveis às doenças.

É nesta época que o confinamento vira uma alternativa para muito criadores. Na fazenda de Vangélio, os animais mais velhos são retirados do pasto e transferidos para as áreas de confinamento. Eles recebem muito mais ração e conseguem engordar mesmo com a chegada do inverno.

Vangélio lembra que o confinamento é uma ferramenta fundamental para abater o gado mais cedo, encurtando o tempo de engorda e aumentando o lucro.

Marco Bassan, que é gerente de rastreabilidade em uma fazenda de Guarantã (SP), conta que o melaço de soja é um importante composto para a alimentação do rebanho. Além de ser palatável, o benefício pode ser notado na aparência dos pelos dos animais.

A ração é preparada com todos os nutrientes que os animais precisam pra ganhar peso. Isso inclui minerais, milho moído, sementes de algodão e silagem de cana.

O confinamento recebe 1150 animais de quatro raças diferentes. Cada curral fica com até 75 animais. Eles são monitorados, inclusive à noite. Um funcionário analisa os cochos para conferir se há muito ou pouca ração e se os animais comeram tudo. A informação é importante para saber a quantidade de alimento que será fornecida no dia seguinte.

Cada animal come entre 10 e 14 quilos de ração por dia. Esses cuidados são necessários para que cada boi ultrapasse 520 quilos em menos tempo e que a engorda aconteça de maneira uniforme. O que levaria até 1 ano e meio, no confinamento, demora cerca de 90 dias.

À procura por esse sistema de criação cresce a partir de junho. Neste período tem até fila de produtores interessados. Os currais são preparados para receber os rebanhos em fase de terminação.

O confinamento de José Roberto Ribas tem capacidade para 3.000 animais. Para ele, transferir a criação dos pastos para às áreas de confinamento, nesta época do ano, é a garantia de bons negócios.

Fonte: G1

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