Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?

Projeção de alta do PIB mundial cai para 3,2% em 2022

Segundo relatório do FMI, as crises da economia da China e a guerra na Ucrânia vêm acarretando uma alta na inflação no mundo de forma geral

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial feita em abril: de 3,6% para 3,2%, segundo a atualização do relatório WEO (World Economic Outlook), divulgada na manhã desta terça-feira (26). Em 2021, o PIB mundial havia crescido 6,1%.

O FMI também revisou o crescimento do PIB de forma individual para regiões e países. Veja, abaixo, como esses índices mudaram da edição do WEO de abril para a atualização de julho:

  • Economias avançadas: de 3,3% para 2,4%;
  • Economias emergentes: de 3,8% para 3,6%;
  • Estados Unidos: de 3,7% para 2,3%;
  • Eurozona: de 2,8% para 2,6%;
  • Alemanha: de 2,1% para 1,2%;
  • Reino Unido: de 3,7% para 3,2%;
  • Japão: de 2,4% para 1,7%;
  • China: de 4,4% para 3,3%;
  • Brasil: de 0,8% para 1,7%.

Segundo o relatório, as crises da economia da China e a guerra na Ucrânia vêm acarretando uma alta na inflação no mundo de forma geral. “Alimentos e energia com preços mais altos, restrições de oferta em muitos setores e um reequilíbrio da demanda de serviços na maioria as economias aumentaram a inflação “, informa o relatório.

PIB para 2023

imposto, dinheiro, custo, economia - mercosul - cingapura
Foto: Pixabay

Para 2023, o FMI também revisou para baixo a estimativa de crescimento do PIB: de 3,6% para 2,9%. “A revisão para baixo no crescimento dos preços globais durante 2022 e 2023 vem de uma desaceleração mais acentuada na China devido a bloqueios prolongados, aperto das condições financeiras globais associadas a expectativas de aumentos mais acentuados das taxas de juros pelos principais bancos para aliviar a pressão inflacionária e repercussões da guerra na Ucrânia”.

Segundo o FMI, a principal prioridade política é trazer a inflação sob controle, porque a estabilidade de preços é o que promove um crescimento duradouro da economia e dá estabilidade financeira. Assim, segundo a instituição, a combinação apropriada de políticas monetárias, fiscais e estruturais para reduzir a inflação difere entre as economias, dependendo das fontes e extensão das pressões sobre os preços.

“O equilíbrio entre esses fatores determinará a saúde do setor financeiro e o uso adequado de ferramentas macroprudenciais” — FMI

“À medida que as taxas de juros sobem, as instituições financeiras ganham com o lucro líquido mais alto, mas sofrem perdas com a diminuição dos empréstimos e o aumento das taxas de inadimplência. O equilíbrio entre esses fatores determinará a saúde do setor financeiro e o uso adequado de ferramentas macroprudenciais”.

Recuo maior em economias avançadas

TEC, importação, Lei kandir, impostos, taxa, tributo, renda, dinheiro, reforma tributária, economia, icms, teto de gastos, taxas de juros, imposto de renda, recuperação judicial,convênio 100, banco do brasil, inflação
Foto: Pixabay

O FMI salienta que a redução no crescimento é mais acentuada nas economias avançadas. As causas são variadas. No caso dos Estados Unidos, é o aperto da economia monetária e o arrefecimento do consumo; na Eurozona, são os efeitos da guerra na Ucrânia com a redução a importação de gás da Rússia.

A China tem a diminuição no ritmo de crescimento por conta dos efeitos das restrições da Covid-19 na cadeia de suprimentos. O Japão enfrenta o enfraquecimento do iene, embora o Banco do Japão (BoJ) não tenha alterado as taxas básicas de juros. O Brasil teve uma revisão de crescimento para cima, de 0,8% para 1,7% – que segue a tendência da América Latina. Neste caso, o FMI aponta uma recuperação econômica mais robusta como a responsável pela alta.

O FMI também destaca que recuperar a estabilidade de preços deve acontecer de forma simultânea à proteção da população mais vulnerável. “Preocupações em proteger os mais
vulneráveis e diminuindo o custo econômico, além de limitar o impacto nos preços dos ativos, pode parecer um motivo válido para apertar a política monetária mais lentamente”, informa o relatório.

Processo de desinflação, aponta FMI

taxar o agro, inflação, PIB, juros
Foto: Pixabay

No processo de desinflação, os países devem se preocupar com o impacto a estas mesmas populações. “A política fiscal tem um papel especial a desempenhar, amortecendo os mais vulneráveis do impacto do necessário arrefecimento da atividade econômica através de medidas orientadas e transferências fiscais temporárias”.

Por fim, os desafios futuros da economia mundial para o segundo semestre de 2022 e 2023 são lidar com a redução do uso de combustíveis fósseis, inflação alta e resistente, condições econômicas mais apertadas, instabilidade financeira, crise de energia e alimentos e os efeitos da pandemia da Covid-19.

Fonte: Agência Safras

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM