Soja dispara, bate R$ 204/sc e pode subir mais 30%; Confira

Segundo os dados divulgados e analisados, os preços de paridade da soja, podem fazer com que as cotações ainda tenha uma alta de quase 30%, Confira!

Com os prêmios valorizados nos portos e alta nos futuros em Chicago, a soja continua firme no mercado físico brasileiro. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa é comercializada na casa dos R$ 198,00/sc. Destaque do dia ficou por conta do Porto de Rio Grande (RS), onde a saca subiu R$ 4,00/sc. Confira abaixo como estão as cotações e os motivos que podem fazer esse mercado ter uma nova disparada de preços!

Em seu relatório de oferta e demanda o USDA reduziu novamente a previsão de produção de soja na América do Sul dando combustível para valorização na CBOT. O vencimento mar/22 subiu 1,64% e ficou cotado a US$ 15,95/bu.

Em dia de absorção dos números do USDA, o mercado brasileiro de soja apresentou poucos negócios e preços regionalizados. De um lado, Chicago subindo bem. Em contrapartida, o dólar e os prêmios cederam terreno. O produtor se retraiu e segue focado nas lavouras.

  • Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos ficou em R$ 204,00
  • Região das Missões: a cotação permaneceu em R$ 203,00
  • Porto de Rio Grande: o preço subiu de R$ 200,00 para R$ 204,00
  • Cascavel (PR): o preço seguiu em R$ 195,00 a saca
  • Porto de Paranaguá (PR): a saca estabilizou em R$ 200,00
  • Rondonópolis (MT): a saca ficou em R$ 183,00
  • Dourados (MS): a cotação recuou de R$ 189,00 para R$ 188,00
  • Rio Verde (GO): a saca caiu de R$ 183,00 para R$ 181,00

Os preços da a soja brasileira ainda tem espaço para subir entre 25% e 40%, o que deixa os agricultores ainda mais animados em reter o grão neste momento. A análise foi feita sobre a paridade de importação da soja, ou seja, para trazer o grão da Argentina hoje, o comprador terá que desembolsar R$248,00 e dos EUA R$252,00 por saca.

Ainda segundo os dados observados, a demanda mundial pelo grão e a disputa no mercado internacional tem deixado os preços sustentados em patamares elevados. O agricultor deve seguir de olho neste fatores e, principalmente, nos custos de produção para a próxima safra. A alta dos insumos deve reduzir as margens de lucro em comparação com as safras anteriores.

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira (9) com preços em forte alta. Apesar dos números conservadores do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mercado voltou a ser sustentado pelo persistente clima seco na América do Sul e pela demanda firme pela soja americana.

Os exportadores privados venderam mais 240 mil toneladas para a China. Com isso, a expectativa é de um número entre 1 milhão e 2,5 milhões de toneladas no relatório de embarques semanais de amanhã dos Estados Unidos.

No levantamento mensal do USDA, houve corte nas estimativas de safra do Brasil e da Argentina, mas uma redução abaixo da esperada pelo mercado. Além disso, o USDA cortou a previsão para as importações da China e manteve inalterada a previsão para as exportações dos EUA.

O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,435 bilhões de bushels em 2021/22, o equivalente a 120,7 milhões de toneladas, mantendo a previsão de janeiro. A produtividade permaneceu estimada em 51,4 bushels por acre.

Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 134 milhões de toneladas, contra 139 milhões do mês anterior. A safra da Argentina está estimada em 45 milhões de toneladas, menor que o previsto em janeiro, de 46,5 milhões.

O corte nas estimativas sul-americanas era esperado, mas ficou abaixo do que o mercado apostava, de 133 milhões para o Brasil e de 44,2 milhões para a Argentina. A safra do Paraguai teve sua estimativa reduzida de 8,5 milhões para 6,3 milhões de toneladas.

Câmbio

O dólar comercial fechou em 5,226, com perda de 0,64%. O fluxo estrangeiro na bolsa voltou a fortalecer o real. Porém, as incertezas fiscais continuam sendo motivo de preocupação. Para a próxima quinta-feira (10), o mercado volta as suas atenções para a divulgação da inflação nos Estados Unidos.

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