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Mascarada: Vaca ‘vitalícia’ já produziu mais de 100 mil litros de leite

Mascarada, da fazenda Real, de Cabrália Paulista (SP), nasceu em 2004 e está completando sua 14ª lactação e já produziu mais de 100 mil litros de leite!

As vacas brasileiras têm, em média, de 2,5 a 3 lactações ao longo da vida, e produzem cerca de 25 mil litros. Mas alguns animais, dotados de uma genética para lá de diferenciada, podem ir muito além. A Mascarada, da fazenda Real, de Cabrália Paulista (SP), nasceu em 2004 e está completando sua 14ª lactação.

Nascida em 2004, na propriedade de Roberto Barboza, Mascarada é filha do touro jersey Eros, da bateria da fornecedora de genética bovina CRV. Como ela nasceu antes da fazenda ter um sistema de controle, os dados das três primeiras gestações não foram registrados, mas a soma das últimas 11 crias já ultrapassa a produção de 100 mil litros de leite.

Segundo Maia, a CRV é, inclusive, a única empresa fornecedora de genética bovina certificada pelo Comitê Internacional para Registro Animal (ICAR), sediada em Roma (Itália) e dedicada à identificação, registro e avaliação de desempenho na produção pecuária.

Envolvendo mais de 120 empresas de 60 países, é responsável pelo serviço internacional de avaliações de touros Interbull (com mais de 500 mil animais registrados) e realiza certificações de avaliações genéticas em todo o mundo.

“É um animal com úberes impecáveis, com enorme energia e disposição para se alimentar no cocho, competindo de igual para igual com as demais vacas no lote”, informa Marco Lopes, gestor de Negócios da CRV, que atende a fazenda Real. “É impressionante ver como as outras vacas a respeitam”, comenta.

Fernando Barboza, de 25 anos, é filho do proprietário da Mascarada e está começando o processo de sucessão nos negócios. Ele conta que a família trabalha com produção de leite desde que ele tinha um ano. Com produção de 15 mil litro por dia na fazenda, Fernando conta que ter vacas que garantam uma escala de produção é essencial.

“A genética representa 1% do custo [de produção], e é o maior investimento que a gente pode fazer. Uma geração supera muito a outra. Paga-se [o investimento] brincando”, diz.

Olhando para o futuro, Fernando pretende continuar o bom trabalho do pai com foco em genética. “A gente é doente por isso aí. Temos prazer em pesquisar os touros que vamos usar para acasalar as vacas, ver o melhoramento que vão trazer. Queremos sempre vacas mais produtivas e mais duradouras”. 

Leonardo Maia ressalta que a longevidade saudável dos animais é um ideal que pode ser buscado. “Saúde e longevidade são, inclusive, pilares da filosofia da CRV”, afirma ele, lembrando que, em seus registros mundiais, a CRV tem mais de 40.000 vacas com produção acumulada acima de 100.000 litros de leite.

“No Brasil, mais de 25% das vacas vitalícias registradas têm genética CRV”, diz Maia.

“Na genética, nem sempre dois mais dois são quatro, porque existem fatores que podem alterar os resultados esperados, mas o segredo é o histórico mapeado e controlado de linhagens e gerações de animais”, explica ele. “A CRV tem um banco de dados de mais de 140 anos, com volume de informações coletadas de forma correta, o que aumenta as chances de acerto”, diz ele.

O que faz uma vaca viver tanto e continuar produzindo leite bem?

Mascarada é um exemplo das chamadas “vacas vitalícias”, que ultrapassam em muito a média nacional  de lactação. “São animais saudáveis, livres de problemas, que exigem menos medicamentos, são inteligentes, com rotina própria dentro da fazenda e produção extremada de leite”, define Leonardo Maia, gerente de produto de Leite Europeu da CRV.

Maia cita o exemplo da campeã brasileira de produtividade registrada no ano de 2018: a vaca holandesa AFW Marconi Sjoukje 1014, filha de Marconi e neta de Commandeur 125. Nascida na fazenda de Albertus Frederik Wolters, em Castro (PR), ela somou mais de 160 toneladas de leite ao longo dos seus 16 anos de vida útil.

Na busca da longevidade, a genética é um dos fatores mais importantes. “Na genética, nem sempre dois mais dois são quatro, porque existem fatores que podem alterar os resultados esperados, mas o segredo é o histórico mapeado e controlado de linhagens e gerações de animais”, defende o gerente.

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