5 erros comuns na construção de baias para cavalos

A criação de cavalos requer atenção, principalmente no que diz respeito as instalações, veja alguns pontos para não errar mais

Não é mistério que a criação de equinos é uma atividade com alto custo, principalmente para aqueles criados em baias. O dimensionamento adequado, conforto, higiene, iluminação, tipo de piso, dentre outros fatores tem que ser levados em consideração, já que é ali que o animal passa maior parte do seu tempo.

Vamos abordar alguns erros que são comuns de serem cometidos por quem planeja realizar a construção de suas baias ou, até mesmo, para quem pretende alugar uma, saber avaliar as condições onde seu animal vai ficar.

Pois bem, quando são feitos cortes de gastos durante a obra, é preciso ser cauteloso. No decorrer da construção, inevitavelmente haverá alterações, mas certifique-se de que todas elas serão baseadas no que é melhor para os cavalos. Afinal, são eles que pagam as contas.

Aqui iremos falar sobre as principais armadilhas para quem está pensando em construir ou reformar suas instalações e como fugir delas:

1- Construir no local errado do terreno

Cerca de 90% dos proprietários cometem esse erro.

Deve-se levar em conta os melhores acessos (sociais e de serviço) de forma a facilitar o trabalho de entrega de materiais e suprimentos, para não incomodar os animais ou mesmo correr o risco de ter um acidente envolvendo veículos e cavalos.

Além disso, a topografia do terreno é que vai ditar a melhor disposição de cada edificação, estrada, pista, cocheiras, depósitos, sede, etc.

Evite construir instalações em áreas baixas a fim de evitar o acúmulo de água da chuva.

2 – Utilizar orientação norte-sul para as cocheiras

Existem algumas lendas sobre este assunto. Muitos acreditam que esta é a melhor orientação e pode até ser, dependendo da localização da sua propriedade, mas não é uma regra, pois cada terreno tem características específicas.

Uma vez, estava em reunião com um empreendedor que gostaria de construir uma hípica em seu loteamento de alto padrão e ele me disse: “me falaram que temos que evitar o vento sul para os cavalos”.

Nós moramos no Brasil, um país onde o calor excessivo em grande parte é o problema, então porque evitar qualquer tipo de brisa?

Cada propriedade possui um clima, uma topografia, uma insolação diferente, portanto, os ventos predominantes também são diferentes.

O ideal é construir levando em conta as brisas prevalecentes no verão e fazer as coberturas de forma a captar sempre a luz solar a fim de ter uma cocheira mais salubre, em paralelo ter um bom sistema de ventilação, através de aberturas zenitais, para trazer iluminação e ventilação natural o dia todo nas cocheiras, economizando energia elétrica com luzes acessas e ventiladores.

E lembrem-se de que uma cocheira bem planejada não precisa de ventiladores para manter sua temperatura agradável.

3- Não contratar um arquiteto especializado

Existem 3 maneiras de você construir uma cocheira, a primeira é contratar um empreiteiro que irá executar tudo que você mesmo planejou, a segunda consiste em contratar um profissional da área de construção para fazer um projeto e a terceira consiste em contratar um arquiteto especializado em design equestre.

Na primeira solução, por mais que seu empreiteiro seja competente e de confiança, o seu conhecimento se limita a executar uma obra bem feita, da mesma forma que um marceneiro pode executar uma cadeira sem saber se ela é confortável ou não.

Ao contratar um profissional especializado você poderá planejar de maneira eficiente suas instalações. Já vi cocheiras luxuosas que não são muito seguras para os animais e ineficientes no sentido operacional, isso porque o profissional não conhecia as necessidades dos animais ou as atividades operacionais de um haras/ hípica.

4- Subdimensionar estruturas

Este é o erro mais comum para aqueles que querem “economizar dinheiro”. A ideia é que ao diminuir a metragem, diminui-se também o custo da obra. Esta é uma ilusão, daqueles que pensam a curto prazo.

O pensamento é que se você tomar uns centímetro daqui e outros de lá, não vai doer nada. No entanto, no momento em que você começa a roubar alguns centímetros aqui e outros ali, eles passam a ser metros e isso faz uma grande diferença para seus cavalos e funcionários.

Um amplo corredor, por exemplo, permite que dois cavalos se cruzem ao mesmo tempo, permite que ele faça meia volta sem se machucar, que visitantes atravessem o corredor sem serem mordidos por animais de pouca sociabilidade, ou até mesmo que outros cavalos passem na frente das baias sem levar uma mordida (evitando um acidente com um coice em resposta, o que pode machucar ambos).

5- Escolha de materiais inadequados

É inegável que as camas e os pisos emborrachados para cavalos oferecem mais conforto e contribuem muito para a saúde do seu cavalo.

Ao optar por uma cama emborrachada, você está garantido o bem-estar do animal e prevenindo doenças que podem ser causadas por camas de maravalha, serragem e pisos por onde os cavalos normalmente andam feitos de cimento.

Quando aplicados em corredores de passagem, no haras, baias ou outros locais, os pisos de borracha facilitam no cuidado do espaço e ajudam no conforto dos animais.

Informações da Vedovati adaptadas pela Equipe Compre Rural.

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