Abiec: abertura do Japão à carne bovina brasileira deve ocorrer ainda em 2025

Após uma visita ao Japão, o processo de habilitação está agora centrado na avaliação do sistema sanitário brasileiro, e não mais em questões técnicas.

São Paulo, 8 – A abertura do mercado japonês à carne bovina brasileira pode finalmente ocorrer ainda neste ano. A possibilidade foi confirmada em entrevista coletiva pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, que vê a perspectiva com otimismo, apesar de não cravar uma data. “Estamos trabalhando e apoiando o governo brasileiro para que isso aconteça ainda em 2025”, disse.

Após uma visita ao Japão, o processo de habilitação está agora centrado na avaliação do sistema sanitário brasileiro, e não mais em questões técnicas. “Não se está discutindo qualidade nem critérios da carne brasileira. O que está em avaliação agora é se o sistema de inspeção sanitária funciona”, explicou Perosa.

Na última semana, uma autoridade japonesa esteve no Ministério da Agricultura em Brasília. A visita serviu para agendar uma nova missão oficial ao Brasil, prevista para a segunda quinzena de junho. “Eles vão voltar aqui para avaliação do sistema sanitário brasileiro. Não é habilitação por plantas, é uma visita para avaliar o sistema de inspeção federal”, afirmou o presidente da Abiec.

A escolha da data, segundo ele, foi estratégica. O Brasil articulou para que a missão ocorresse após o reconhecimento internacional do status de livre de febre aftosa sem vacinação, o que pode ampliar as regiões brasileiras autorizadas a exportar ao Japão. “Foi com o intuito de aproveitarmos a homologação como país livre de febre aftosa sem vacinação, para que a gente possa fazer um pedido ao governo japonês para estender as possibilidades de exportação para além dos estados que já estavam considerados”, afirmou.

Após a visita, a expectativa é de que os japoneses elaborem um relatório técnico e iniciem os trâmites internos de aprovação, o que pode levar cerca de dois meses. “Depois dessa visita, eles voltam, escrevem um relatório, aí tem um prazo para processar. Eu acredito que mais uns 60 dias”, disse Perosa.

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