
A produção de farelo de soja está estimada em 46,6 milhões de toneladas, alta de 3,3%, e a de óleo de soja deve chegar a 12,15 milhões de toneladas, avanço de 3,8%.
São Paulo, 22 – A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou nesta quarta-feira, 22, suas projeções para o complexo da soja em 2026, estimando novo recorde de produção da oleaginosa, que deve alcançar 178,5 milhões de toneladas na safra 2025/26, alta de 3,9% em relação à estimativa de 171,8 milhões de toneladas para o ciclo atual. O processamento também deve avançar 3,4%, para 60,5 milhões de toneladas, enquanto as exportações de grãos devem atingir 111 milhões de toneladas, crescimento de 1,4%.
A produção de farelo de soja está estimada em 46,6 milhões de toneladas, alta de 3,3%, e a de óleo de soja deve chegar a 12,15 milhões de toneladas, avanço de 3,8%. As exportações de farelo devem alcançar 24,6 milhões de toneladas, aumento de 4,2%, enquanto as de óleo de soja devem recuar 25,9%, para 1 milhão de tonelada. As importações de óleo de soja são esperadas em 125 mil toneladas, alta de 25%, e as de grãos em 500 mil toneladas, queda de 44,4%.
“Os números refletem a força e a eficiência da cadeia da soja brasileira, que segue ampliando sua competitividade e agregando valor no mercado interno. O avanço do processamento nacional e o bom desempenho das exportações reforçam a importância do setor para a balança comercial e para o desenvolvimento do país, bem como para a produção de proteínas e de biocombustíveis”, disse o diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Abiove, Daniel Furlan Amaral, em nota.
O estoque final de soja em 2026 deve alcançar 10,5 milhões de toneladas, crescimento de 75% ante a projeção de 6 milhões de toneladas para 2025. Para o farelo, o estoque final deve chegar a 6,3 milhões de toneladas, alta de 37,2%, enquanto o consumo interno está previsto em 20,3 milhões de toneladas, aumento de 4,1%. Já para o óleo de soja, o consumo interno deve atingir 11 milhões de toneladas, alta de 4,8%, e o estoque final deve somar 691 mil toneladas, crescimento de 66,1%.
A Abiove também atualizou as estimativas para o ciclo 2024/25, elevando marginalmente a produção de 170,3 milhões para 171,8 milhões de toneladas, alta de 0,9%. O processamento foi mantido em 58,5 milhões de toneladas, e as exportações em 109,5 milhões de toneladas. O estoque final da oleaginosa foi revisado de 4,1 milhões para 6 milhões de toneladas, aumento de 45,1%. As importações de grãos foram elevadas de 800 mil para 900 mil toneladas, alta de 12,5%.
Para o farelo, a produção permaneceu em 45,1 milhões de toneladas, com exportações de 23,6 milhões e consumo interno de 19,5 milhões de toneladas. O estoque final foi elevado de 4,3 milhões para 4,6 milhões de toneladas, crescimento de 7%. Já a produção de óleo de soja se manteve em 11,7 milhões de toneladas, com exportações de 1,35 milhão de toneladas e consumo interno de 10,5 milhões de toneladas. O estoque final foi revisado de 366 mil para 416 mil toneladas, alta de 13,7%.
A associação informou que, em agosto de 2025, o volume processado foi de 4,5 milhões de toneladas, queda de 3,3% ante julho, mas alta de 4,2% sobre agosto de 2024, com base no ajuste amostral de 90,6%. No acumulado do ano, o processamento totalizou 35,1 milhões de toneladas, crescimento de 5,8% frente ao mesmo período do ano anterior. De acordo com os registros da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações também avançaram em 2025, com volume de soja atingindo 109,5 milhões de toneladas até o momento.