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Acordo Mercosul-UE favorece agronegócio

O acordo firmado entre os países que compõem o Mercosul e a União Europeia (UE), quando colocado em prática, trará boas oportunidades para os produtos do agronegócio de Minas Gerais.

Além da chance de expansão da demanda pelos produtos já exportados, poderão se destacar itens que possuem denominações de origem, identificação geográfica e tradicionais, como os queijos, cachaça e café, por exemplo.

Porém, um dos desafios nacionais será a adequação da legislação para permitir a exportação de alguns desses itens, como o Queijo Minas Artesanal, por exemplo. 

De acordo com a coordenadora da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline Veloso, Minas já é exportador de produtos do agronegócio para a União Europeia e a expectativa, com o acordo, é ampliar o fornecimentos dos produtos já negociados e abrir novas oportunidades tanto de mercado como de itens a serem comercializados. 

“Uma oportunidade interessante é que muitos países da União Europeia, além de terem uma demanda específica por produtos, também pagam mais por itens especiais, com alguma caracterização de origem. Claro que há um potencial da ampliação das nossas exportações falando tanto para Brasil como para Minas Gerais, mas no Estado temos um potencial específico de buscar essas salvaguardas para nossos produtos”, destacou Aline. 

Ainda segundo Aline, será necessário fortalecer e organizar as regiões produtoras para a conquista de denominações de origem e de indicações de procedência.

“Precisamos identificar produtos que possam ter identificação geográfica delimitada, a qualidade reconhecida e, com isso, atingir mercados mais interessantes”, completou. 

A coordenadora da assessoria técnica da Faemg ressalta que o acordo é um processo no qual o Legislativo dos países do Mercosul e dos países que compõem a UE precisarão passar cada um dos projetos, analisando todos os pontos e colocando indicadores e potenciais inclusões ou retirada de produtos válidos a cada um dos países.

Todo esse processo demandará tempo. Mas o pacto comercial é considerado um grande avanço, porque irá facilitar o comércio e potencializar as negociações entre os blocos. 

“É um processo que demandará tempo, e o impacto nas exportações e importações não será de imediato. Especificamente em relação aos produtos do agronegócio, as entidades representativas do setor já vêm trabalhando junto às embaixadas e consulados mostrando nossos potenciais e produtos”, disse. 

Legislação defasada 

Ainda segundo Aline, uma oportunidade interessante para o Estado é que, dentro do acordo, alguns produtos brasileiros foram colocados com distinção. Entre eles estão os vinhos, a cachaça, o café e os produtos lácteos, que incluem os queijos. 

Esses produtos terão um processo diferenciado de exportação e serão reconhecidos automaticamente pelos europeus. Mas, para atender a possível demanda, serão precisos avanços em relação à legislação e regulamentação dos produtos. 

“Um dos desafios a serem enfrentados é a necessidade de adequar a legislação estadual e nacional em relação a alguns produtos, como o Queijo Minas Artesanal. O acordo Mercosul e União Europeia pode ser uma oportunidade para a solução desse tipo de problema. Nesse sentido, vamos oportunizar produtos que ainda não são exportados, como os queijos, que estão entre as distinções do acordo”.

Outra necessidade a ser trabalhada em Minas Gerais para atender à demanda europeia é na organização e divulgação dos caminhos para a exportação. 

“Precisamos formar pessoas, caracterizar, identificar profissionais que realmente possam operar esse comércio internacional. Então, há uma possibilidade bastante grande de que as pessoas se organizem e se capacitem para termos profissionais que conheçam o setor produtivo e tenham capacidade aduaneira de identificação, caracterização e documentação para atingirmos mais e melhor os mercados”, explicou Aline. 

As informações são do jornal  Diário do Comércio.

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