
A entidade reforça que o planejamento é a chave para minimizar prejuízos, maximizar ganhos e garantir o bem-estar animal durante a fase.
Com o período de estiagem se aproximando, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), alerta os pecuaristas sobre a importância da preparação estratégica para enfrentar os meses de seca que, historicamente, impactam a produtividade das fazendas em todo o estado. A entidade reforça que o planejamento é a chave para minimizar prejuízos, maximizar ganhos e garantir o bem-estar animal durante a fase.
O primeiro ponto crítico durante a seca é o abastecimento de água. Com a redução dos níveis de rios e represas, garantir o acesso à água potável se torna um desafio. A Acrimat recomenda que os criadores façam uma avaliação prévia da estrutura dos bebedouros dos animais, verifiquem caixas d’água, e se necessário, instalem sistemas alternativos de captação e armazenamento.
“É preciso garantir não só a quantidade, mas a qualidade da água. Água suja ou em baixa disponibilidade compromete a saúde do rebanho e afeta diretamente o desempenho”, ressalta a equipe técnica da associação.
O Segundo ponto a ser observado é a alimentação. “O pasto vai perder qualidade nutricional com a estiagem, por isso o pecuarista precisa garantir o fornecimento de alimentos conservados. Além disso, é preciso balancear a dieta com suplementação proteica e mineral para evitar perda de peso do gado”, orienta o presidente da Acrimat, Oswaldo Ribeiro Jr. A recomendação é que os produtores comecem desde já a formar reservas estratégicas de volumoso, como silagem, feno e capim.
Durante a seca, a lotação das pastagens precisa ser ajustada. Segundo o zootecnista, com mais de 14 anos de experiência em nutrição, manejo e produção animal e CEO da Gesta’up Company, Welton Cabral, “a adoção de práticas como a divisão de pastos, rodízio de piquetes e redução da taxa de lotação para evitar degradação do solo e esgotamento da forragem devem ser tomadas. Aliviar os pastos. substituindo animais já prontos para o abate por bezerros, a quantidade de animais pode ser mantida, diminuído a pressão do peso/hectare”, destaca Welton Cabral.
Outra preocupação que já deve ser pensada é o risco de incêndio. Aceiros em torno da fazenda e estradas, treinamento de equipe e testes em maquinários já devem ser priorizados antes do início da seca.
“O ideal é que o pecuarista se una com vizinhos e propriedades em torno, para se organizar e terem uma comunicação em caso de incêndios. No momento de seca é preciso unir esforços para combater algo que pode destruir com toda produção”, frisa o Presidente.
E não menos importante, os pecuaristas devem aproveitar os meses anteriores à estiagem para realizar a manutenção de cercas, cochos e corredores de manejo, evitando surpresas e prejuízos durante o período mais difícil do ano.
A ACRIMAT reforça que a seca é um fenômeno previsível, e que o sucesso da atividade pecuária durante esse período depende do preparo antecipado. A associação segue à disposição dos produtores com suporte técnico, cursos e informações atualizadas para auxiliar na tomada de decisão.
“A seca não pode ser enfrentada de forma improvisada. Quem se planeja agora, passa pelo período seco com menos perdas e mais tranquilidade”, conclui a entidade.
Fonte: Acrimat
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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