Durante o Concurso do Getap que premia os agricultores mais produtivos do país, com destaque para os cultivos em sequeiro e irrigado, agricultor colhe mais de 268 sacas de milho por hectare e conquista título nacional no “milho de inverno 2025”; evento reuniu mais de 600 participantes de 12 estados brasileiros
A excelência da agricultura brasileira voltou a brilhar em solo paulista durante o 5° Fórum Getap, realizado nesta quarta-feira (26) em Indaiatuba (SP). Na ocasião, foram revelados os vencedores do Concurso de Produtividade Milho Inverno 2025, que destacou agricultores de diferentes regiões e sistemas de cultivo. O grande campeão nacional foi o produtor Mateus Passinatto, de Campos de Júlio (MT), que colheu impressionantes 268,4 sacas por hectare em sistema de sequeiro, utilizando híbridos da Corteva.
O feito de Passinatto não é apenas expressivo, mas simbólico. Ele já havia participado de edições anteriores e, segundo o coordenador técnico do Getap, Gustavo Resende Capanema, o contato com outros campeões serviu de estímulo: “Este produtor participou de outras edições, inclusive foi ao nosso evento do ano passado, e acabou se inspirando a almejar vencer o concurso”, revelou Capanema durante o anúncio.
Agricultor colhe mais de 268 sacas de milho por hectare
Na categoria irrigado, o destaque nacional ficou com Douglas Orth, de Correntina (BA), inscrito pela Bayer, com 244,9 sacas por hectare. Orth é um exemplo de pioneirismo e adaptação:
“Ele plantava na região Sul e há 40 anos mudou o foco para a Bahia. Acreditou no potencial da região e está mostrando que, com trabalho bem feito e uso de tecnologias, é possível chegar em resultados excelentes”, acrescentou Capanema.
Recorde de participação e desafios climáticos
A edição 2025 do concurso foi a maior já realizada: foram 618 áreas inscritas, exclusivamente de cultivos de inverno, com agricultores de 12 estados: BA, MA, SE, TO, PA, RO, MT, MS, GO, MG, SP e PR. Todas as áreas foram auditadas por empresas especializadas e certificadas pelo Grupo Tático de Aumento de Produtividade (Getap).
O ciclo desafiador de 2025 impôs uma série de obstáculos aos produtores. A janela de plantio encurtada, aliada a chuvas intensas entre janeiro e fevereiro, dificultou o acesso às áreas em alguns momentos. Porém, a regularização climática no decorrer do ciclo, especialmente em estados como Mato Grosso, permitiu bons índices de recuperação e produtividade final.
Premiação regional reflete diversidade agrícola do Brasil
Além da premiação nacional, o concurso destacou os melhores por região, considerando clima, solo e pressão de pragas. A segmentação técnica reforça o compromisso do Getap com análises mais justas e comparativas entre áreas semelhantes:
Região Oeste (MT e MS):
- Sequeiro: Mateus Passinatto (MT) — 268,4 sc/ha (Corteva)
Região Norte (BA, MA, SE, TO, PA, RO):
- Irrigado: Douglas Orth (BA) — 244,9 sc/ha (Bayer)
- Sequeiro: Fagner Santana (BA) — 232,5 sc/ha (Corteva), de Inhambupe
Região Centro (GO, DF, MG):
- Sequeiro: Avanilda Santeiro (GO) — 238,9 sc/ha (Bayer), de Mineiros
- Irrigado: Hélio Yamamoto (MG) — 221,7 sc/ha (Bayer), de Paracatu
Região Sul (SP e PR):
- Irrigado: Joaquim Nishi (SP) — 220,5 sc/ha (Bayer), de Capão Bonito
- Sequeiro: Família De Bortoli (PR) — 203,1 sc/ha (Corteva), de Mariópolis
As áreas participantes foram avaliadas com base em indicadores-chave de produtividade, como população final de plantas, número de espigas por planta, peso e volume de grãos. Cada participante receberá um relatório técnico completo, com dados comparativos em relação à média dos demais concorrentes.
Iniciativa técnica e colaborativa
O Getap é uma iniciativa criada para fomentar a troca de conhecimento, disseminar boas práticas e promover o aumento sustentável da produtividade na cultura do milho. A curadoria é da Céleres, e o projeto conta com o apoio de entidades como ABPA, Abramilho e Abisolo, além de empresas como Bayer, Corteva, ICL, Stoller e Ubyfol.
O sucesso da edição 2025 reforça o papel estratégico do Brasil como potência na produção de milho, não apenas em volume, mas também em tecnologia, eficiência e adaptação às condições climáticas desafiadoras.
Divulgação
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