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Agro ajuda a conter alta de preços e IGP-M fecha 2017 com deflação

Dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas mostram forte queda dos preços de produtos agrícolas ao produtor.

A produção agropecuária teve forte influência no resultado deste ano do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), indicador de inflação medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e usado como referência, por exemplo, em contratos de aluguel de imóveis. O resultado geral do ano apontou para uma deflação de 0,52% acumulada em 12 meses. O avanço de 0,89% registrado no levantamento de dezembro não foi suficiente para impedir que o IGP-M terminasse 2017 com sinal negativo. (veja tabela abaixo)

De todos os componentes do indicador, apenas o Índice ao Produtor Amplo (IPA) encerrou o período de 12 meses em queda, mostrando o peso do campo na contenção dos preços de mercado. Os produtos agropecuários no IPA tiveram baixa acumulada de 12,99% enquanto os bens industriais subiram 1,48%. Das cinco maiores baixas individuais registradas só em dezembro, quatro eram de produtos agrícolas: feijão (-7,03%), laranja (-3,42%), batata-inglesa (-6,79%) e tomate (-13,96%).

Na mão contrária, soja, milho e bovinos registraram altas de 1,46%, 2,92% e 2,92%, respectivamente, aparecendo entre os principais aumentos de preços ao produtor em dezembro de 2017. Foram acompanhados por minério de ferro (+9,48%) e óleos combustíveis (+12,1%).

“Tivemos um ano muito bom para a agricultura. Houve uma regularidade de chuvas, uma oferta maior, uma certa estabilidade do câmbio e os preços, então, ficaram mais em conta. Várias commodities importantes, como milho, soja, trigo, que acabam impactando em vários derivados que chegam à mesa das famílias e também influenciam preço das rações e das carnes em geral contribuíram muito para a baixa de inflação que nós tivemos em 2017”, disse André Braz, economista da FGV, à Globonews.

A influência da agropecuária se mostrou também no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), outro dos componentes do IGP-M. O grupo Alimentação foi o único a encerrar em queda o período de 12 meses: -0,48%. No entanto, não conseguiu evitar um avanço de 3,14% no IPC, puxado pelos grupos Educação, Leitura e Recreação (+6,83%), Saúde e Cuidados Pessoais (+6,19%) e Transportes (+4,44%).

O Índice Nacional da Construção Civil (INCC), terceiro componente do IGP-M, encerrou 2017 com alta de 4,02%.

Fonte: FGV

POR REDAÇÃO GLOBO RURAL

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