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Agro brasileiro está escalado para a final da Copa do Mundo no Qatar

Estádios da Copa do Mundo do Catar contam com grama nativa do Brasil; Espécie brasileira que se destaca pela sustentabilidade permite a irrigação do gramado com água do mar tratada, sendo resistente às altas temperaturas registradas no país

O desenvolvimento do agronegócio brasileiro possibilitou a alta qualidade dos gramados que vemos hoje em diversas arenas e estádios espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Com a Copa do Catar demandando tamanha tecnologia para os gramados de um país desértico, o agro começa a ganhar palco no cenário do esporte. Os cuidados para que a grama fique no estado perfeito para as partidas exige preparo de equipes especializadas para alcançar as expectativas.

São considerados inúmeros critérios para a instalação de um gramado, como a área onde o estádio foi construído, umidade do solo, clima local, processo de drenagem e o tipo de grama que será plantada. Na Copa do Mundo de 2022, a produção do campeonato optou por utilizar uma grama platinum em todos os seus 8 estádios, uma espécie nativa brasileira e sustentável que possibilita a irrigação com água do mar tratada devido à escassez de água doce no país.

Esse tipo de planejamento tecnológico eleva a credibilidade do agronegócio. É uma competição mundial que amplia a visibilidade de todos esses avanços tecnológicos brasileiros, proporcionando reconhecimento aos negócios de produtores e agricultores do país.

Agro brasileiro está escalado para a final da Copa do Mundo
Foto: Divulgação

De acordo com Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, uma das maiores empresas de fertilizantes do país, “Estudos dizem que as lesões que mais agravam o jogador são os estiramentos musculares, torções articulares e a ruptura de ligamento do joelho. Sempre lembramos do calendário extenso do futebol que é tão debatido, mas uma personagem fundamental em toda esta discussão é a qualidade da grama.

Afinal, ao ver um jogo, percebemos que um gramado em condições ruins atrapalha as equipes até em fundamentos básicos como passes, domínio de bola e finalizações; entretanto os danos podem ser muito maiores para os atletas, vários deles tendo suas carreiras comprometidas para o resto da vida. Por isso, afirmo que a qualidade da grama deve ser vista como investimento, pensando não apenas no foco desportivo e sim na saúde de todos envolvidos”.

variedade da Paspalum vaginatum, espécie nativa do Brasil permite a irrigação com água do mar tratada.

Agro brasileiro está escalado para a final da Copa do Mundo 1
Foto: Divulgação

Segundo o engenheiro agrônomo e mestre em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) Patrick Ferreira, a escolha pela espécie se deu também por conta da tolerância a baixa umidade e ao calor elevado do país do Oriente Médio.

Apesar de ser nativa do Brasil, por aqui não há pesquisas sendo desenvolvidas com a variedade. A maioria dos estádios do país contam com a grama bermuda, já que seu alto nível de regeneração acaba sendo ideal para resistir ao inchado calendário do futebol brasileiro, que comporta mais de 60 jogos por temporada.

“As bermudas são espécies recomendadas para campos esportivos de alta performance, sendo extremamente exigente em água, adubação e temperatura. Por conta disso, ela consegue se recuperar muito rápido após um dano. Além disso, tem características ideais como folhas macias e finas, que amortecem a queda do jogador e permitem uma jogabilidade da partida eficiente. O tempo ideal para campos de alta performance é em torno de 5 a 7 dias, com uma frequência de até dois jogos por semana, pois o gramado precisa desse intervalo para conseguir se recuperar e manter suas condições metabólicas e seu processo de desenvolvimento adequado”, avalia Ferreira.

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