Agronegócio produz mais a preço menor e ajuda no controle da inflação

O impulso vem do ramo agrícola, que deve registrar aumento de 9,2% em 2017, visto que, para o ramo pecuário, a estimativa é de retração, de 0,4%.

O crescimento do PIB-volume do agronegócio está estimado em 6,3% neste ano, considerando-se informações disponíveis até agosto/17, segundo indica pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

O impulso vem do ramo agrícola, que deve registrar aumento de 9,2% em 2017, visto que, para o ramo pecuário, a estimativa é de retração, de 0,4%.

Apesar do expressivo crescimento em volume, 2017 foi marcado por fortes quedas de preços para os produtos do agronegócio, o que, por sua vez, pressiona a renda do setor.

Na comparação de janeiro a agosto de 2017 com o mesmo período de 2016, o decréscimo nos preços médios do agronegócio é de 9,5% em relação aos da economia como um todo.

Então, considerando-se as informações disponíveis até agosto/17, estima-se retração interanual de 3,8% no PIB-renda do agronegócio brasileiro.

CONTROLE DA INFLAÇÃO – Pesquisadores do Cepea alertam que, enquanto o movimento de queda dos preços relativos do agronegócio expressa a perda de rentabilidade da produção do setor frente à média da economia, esse contexto tem impacto positivo sobre a economia e a sociedade.

Produzindo mais a preços menores, o setor contribuiu com o maior abastecimento, com a geração de divisas e o controle da inflação.

A queda mais acentuada nos preços relativos, de 11,6%, foi observada no ramo agrícola, com reduções relevantes nas cotações de grãos e também de hortifrutícolas.

Esse cenário reflete principalmente a grande oferta em volume de produção do segmento. No caso dos grãos, por exemplo, segundo pesquisadores do Cepea, o mercado vem apresentando elevada disponibilidade ao longo do ano, diante da boa produtividade de produtos como soja e milho.

No ramo pecuário, as quedas nos preços relativos foram mais amenas, com a pressão vinda especialmente da bovinocultura de corte.

Fonte: CEPEA

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