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Agronegócio recupera áreas e promove absorção de gases do efeito estufa

Recuperação de áreas pelo agronegócio promove absorção de gases do efeito estufa; em oito anos, o Brasil sequestrou o equivalente a metade do que a Noruega emitiu em CO2.

A recuperação de áreas pela agropecuária brasileira foi responsável pelo sequestro de 200 milhões de toneladas de CO2 equivalente nos últimos oito anos. Na prática, isso significa que a agricultura brasileira absorve metade das emissões da Noruega, por exemplo. A absorção destes gases decorre da recuperação de 59 milhões de hectares de terras agricultáveis por meio de investimentos financiados pelo Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – Plano ABC, que injetou R$ 17 bilhões em crédito para os produtores rurais entre 2010 e 2018.

Os dados foram apresentados pela diretora de sustentabilidade e terras irrigáveis Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mariane Crespolini, ao presidente da República Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira (09). De acordo com o levantamento do Mapa, a recuperação de área no país supera em 167% a meta fixada voluntariamente pelo Brasil no Acordo de Copenhagen.

Com isso, o Brasil se consolida como um dos principais países do mundo em produção sustentável. De acordo com a apresentação de Mariane Crespolini, com as tecnologias disponíveis e investimentos do governo e dos produtores rurais, o país tem potencial para dobrar sua produção de alimentos sem que seja necessária a abertura de novas áreas ou o desmatamento ilegal da Amazônia. “Se o mundo precisar de 70% a mais alimentos, como aponta a FAO, temos condições de abastecer a demanda somente com a aplicação de tecnologias e aumento de produtividade”.

Atualmente o Plano ABC, que financia iniciativas sustentáveis, é dividido em sete tecnologias, Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD); Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs); Plantio Direto (SPD); Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN); Vegetação Nativa; Tratamento de Dejetos Animais (TDA); Adaptação às mudanças climáticas.

Para exemplificar os benefícios da aplicação dessas tecnologias para a produção rural, a diretora do Mapa apresentou o caso de uma fazenda de Goiás. Segundo Crespolini, em 2006, a fazenda tinha alto grau de degradação das suas áreas produtivas. Em uma área de 1.170 hectares, gerava apenas três empregos e tinha um prejuízo anual de 200 reais – o equivalente a 50 dólares.

Com a adoção do Plano ABC, a fazenda gera hoje quase 30 empregos. Na safra 2017/2018, a margem líquida, já descontando todos os custos, impostos e também depreciação de equipamentos, foi de R$ 1904, quase 500 dólares por hectare.

Produtividade – A produção agropecuária ocupa apenas 30% da área total do território. E, historicamente, o incremento da produção do agro brasileiro tem sido explicado pelo aumento de produtividade. Segundo Mariane, de 1976 a 2018, a produção aumentou em 33%, enquanto a produção de alimentos aumentou em 386%. O aumento da produtividade, teve um efeito poupa terra de 150 milhões de hectares. Em outras palavras, se não fosse o aumento da produtividade, para ter a produção atual, o Brasil precisaria de mais 150 milhões de hectares.

Neste contexto de aumento da produção, com aumento da produtividade, da área total do Brasil, 51% é floresta intacta. E que outros quase 15% são áreas que chamamos de Preservação Permanente e de Reserva Legal.

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