
Recôncavo Baiano entra em estado de atenção com risco de chuva intensa e alagamentos, enquanto Sul, Centro-Oeste e parte do Sudeste terão clima estável nos próximos dias
Uma frente fria avança pelo litoral do Brasil e altera drasticamente as condições do tempo na Bahia, especialmente no litoral sul e Recôncavo Baiano. Segundo o Climatempo, os acumulados de chuva na região podem ultrapassar 250 mm até o final desta semana, com maior intensidade entre os dias 21 e 22 de outubro, quando são esperados até 100 mm diários.
O alerta de risco elevado foi reforçado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), que classificou a situação como “perigo”. A previsão inclui chuvas entre 50 e 100 mm por dia e ventos de até 100 km/h, com risco de cortes de energia, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas em áreas do litoral baiano e também em regiões do Tocantins, Pará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Maranhão e Amazonas.
A capital baiana e municípios do entorno estão entre as áreas mais afetadas. Além das chuvas contínuas, há risco de enxurradas, alagamentos e deslizamentos de terra, especialmente em regiões de encosta. A orientação é evitar áreas alagadas, não se abrigar sob árvores durante tempestades e acompanhar os alertas da Defesa Civil.
O avanço da frente fria também levará chuvas ao interior da Bahia, o que representa um alívio parcial para áreas que vinham sofrendo com estiagem e solos secos. No entanto, essas precipitações ainda serão irregulares. Outro fator incomum será a queda das temperaturas no sul e sudoeste baiano, causada por uma massa de ar frio que acompanha o sistema frontal. A combinação entre umidade elevada e ausência de sol contribuirá para uma sensação de frio atípica na região.

Previsão do tempo por região no Brasil
Nordeste: Além do cenário crítico no Recôncavo Baiano, o restante do Nordeste terá comportamento climático variado. Enquanto Pernambuco, Sergipe, Alagoas e Paraíba registram chuvas fracas entre 5 e 10 mm, apenas aumentando a umidade relativa do ar, o Rio Grande do Norte seguirá com tempo quente e seco. Já o interior da Bahia deve receber pancadas irregulares que ajudam a aliviar a estiagem. No litoral, a situação é mais grave, com acumulados que podem ultrapassar os 250 mm, elevando o risco de transtornos.
Sul: A semana será marcada por tempo firme na maior parte da região Sul, com exceção do litoral do Paraná e de Santa Catarina, que podem registrar pancadas isoladas. O frio predomina no início da semana, com mínimas abaixo dos 10°C nas áreas serranas, mas sem risco de geada. A partir de quarta-feira, as temperaturas sobem gradualmente, e na sexta-feira uma nova frente fria atinge o extremo sul do Rio Grande do Sul, trazendo até 30 mm de chuva, o que pode prejudicar trabalhos de colheita.

Sudeste: A instabilidade climática atinge o litoral e áreas do centro-norte e leste de Minas Gerais, além de parte do Espírito Santo. Até quarta-feira, mínimas entre 10°C e 12°C devem predominar, especialmente no interior paulista, Rio de Janeiro e sul de Minas. A partir de sexta-feira, o calor volta com força, e as temperaturas podem chegar a 38°C no interior de São Paulo, exigindo atenção redobrada para o manejo hídrico nas lavouras.
Centro-Oeste: As chuvas se concentram no Mato Grosso e centro-norte de Goiás, com acumulados entre 30 e 40 mm até quarta-feira, o que beneficia a umidade do solo. No entanto, o sul do MT segue com chuvas irregulares e calor elevado, o que exige cautela no manejo das lavouras e do gado em confinamento. Entre sexta e sábado, o calor se intensifica ainda mais, com máximas de até 40°C, e há expectativa da chegada de uma frente fria na semana seguinte, com potencial para 40 a 50 mm de chuva nos três estados da região.
Norte: A região terá comportamento climático dividido. Estados como Amazonas, Rondônia, centro-sul do Pará e Tocantins terão bons volumes de chuva entre 30 e 40 mm, o que favorece o avanço da safra 2025/26. Já o Amapá e o noroeste do Pará continuam sob tempo seco e quente, com temperaturas próximas de 39°C e elevado risco de focos de incêndio.
Com variações tão significativas nas condições meteorológicas entre as regiões, o alerta às populações e produtores rurais se torna essencial. Nas áreas sob maior risco, como o litoral da Bahia, o acompanhamento constante de comunicados da Defesa Civil é indispensável. Já em regiões de tempo firme, o momento é oportuno para a semeadura e manejo de cultivos, mas o calor intenso exige planejamento para evitar perdas.
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