
Em média, volumes superiores a 400 mm de precipitação são esperados em praticamente todo o território nacional neste verão, com os maiores acumulados ocorrendo nas regiões onde os totais variam entre 700 e 1.100 mm.
O verão de 2024/2025, que começa oficialmente no dia 21 de dezembro de 2024, às 6h20, e termina em 20 de março de 2025, às 6h02, trará mudanças climáticas significativas em todas as regiões do país. De acordo com o Prognóstico Climático de Verão divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a estação será marcada por chuvas frequentes e temperaturas acima da média, com efeitos diretos sobre a agropecuária, a geração de energia e outros setores econômicos.
O impacto das chuvas em cada região neste verão
O verão é caracterizado por dias mais longos, com maior incidência solar e rápidas mudanças climáticas. Em média, volumes superiores a 400 mm de precipitação são esperados em praticamente todo o território nacional, com os maiores acumulados ocorrendo nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde os totais variam entre 700 e 1.100 mm.

Sul: A previsão indica chuvas abaixo da média em toda a região, exceto no leste do Paraná e nordeste de Santa Catarina, onde os volumes podem atingir a climatologia histórica. As temperaturas deverão ser predominantes acima da média.
Sudeste: Apesar de estar no período mais chuvoso do ano, a previsão é de chuvas ligeiramente abaixo da média, mas eventos expressivos, como os provocados pela Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), não estão descartados. Temperaturas acima da média também são esperadas.
Centro-Oeste: A maior parte da região deve registrar chuvas dentro ou abaixo da média, com exceção do oeste de Mato Grosso, onde os volumes podem superar ligeiramente a média. As temperaturas seguirão a tendência de alta.
Nordeste: Enquanto o centro-leste da região deve enfrentar chuvas abaixo da climatologia, o noroeste poderá registrar volumes acima da média. A região de MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) tende a ser favorecida com precipitações mais intensas a partir de janeiro, mas temperaturas elevadas, até 1°C acima da média, marcarão os meses do verão.
Norte: As chuvas serão irregulares, com tendência de volumes abaixo da média no sudeste do Pará e centro-oeste de Rondônia. No restante da região, os acumulados devem se manter próximos ou acima da média. As temperaturas também serão mais altas, com anomalias acima de 0,5°C em boa parte da região.
Efeitos no agronegócio e outros setores
O cenário climático traz tanto desafios quanto oportunidades. Segundo Alexandre Nascimento, da Nottus, a maior umidade e temperaturas moderadas deverão beneficiar as safras de soja e milho no Centro-Oeste. No entanto, a irregularidade das chuvas no MATOPIBA pode atrasar parte das colheitas.
Já para o varejo, especialmente setores como sorveterias e lojas de ar-condicionado, as temperaturas mais amenas podem gerar impactos negativos. “Lojistas que reforçaram os estoques com base no verão passado podem se decepcionar com as vendas”, destacou Nascimento.
O papel do fenômeno La Niña
Embora o fenômeno La Niña esteja em fase de curta duração, sua influência pode reduzir ainda mais os volumes de chuva no Sul, mantendo o padrão de irregularidade em outras regiões. A temperatura da superfície do mar no Pacífico e as condições no Atlântico Tropical também terão impacto sobre a intensidade e a distribuição das chuvas.
Com previsões atualizadas regularmente pelo Inmet, a população e os setores econômicos devem monitorar o clima de perto para mitigar os impactos e aproveitar as oportunidades que a estação oferece. Mais informações estão disponíveis no site oficial do Inmet e em suas redes sociais.
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias.
Colheita da 2ª safra de milho atinge 98% da área no PR, diz Deral
Segundo Deral, o plantio da safra de verão de milho 2025/26 avança em ritmo acelerado nas regiões que receberam chuvas recentes.
Continue Reading Colheita da 2ª safra de milho atinge 98% da área no PR, diz Deral
Cajueiro-anão resiste à estiagem e mantém alta produção no Semiárido nordestino
Resistente à escassez hídrica e ao ataque de doenças e pragas, como a mosca-branca, ele comprovou a sua viabilidade durante a seca que destruiu várias culturas no Nordeste entre 2012 e 2017.
Continue Reading Cajueiro-anão resiste à estiagem e mantém alta produção no Semiárido nordestino
Estimativa de agosto aponta alta de 16,6% e safra recorde de 341,2 milhões de toneladas em 2025
Trata-se de um valor 16,6% ou 48,5 milhões de toneladas maior do que a safra obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas).
CAE do Senado aprova urgência de viabilização da MP do tarifaço
O projeto seguirá para votação do plenário, sob regime de urgência, e pode ser pautado ainda nesta semana, já que há pressa do governo.
Continue Reading CAE do Senado aprova urgência de viabilização da MP do tarifaço
Agropecuária impulsiona geração de empregos e ajuda a reduzir desemprego no Brasil
Setor rural foi protagonista na queda da taxa de desocupação, que atingiu o menor nível desde 2012
Continue Reading Agropecuária impulsiona geração de empregos e ajuda a reduzir desemprego no Brasil
Porto do Açu realiza primeira exportação de carga agrícola de MT
O início das exportações de milho de Mato Grosso reforça a estratégia do Porto do Açu de se consolidar como nova rota logística para o agronegócio brasileiro.
Continue Reading Porto do Açu realiza primeira exportação de carga agrícola de MT