Algodão: produção deve crescer 15,5% em 21/22

Área de plantio da pluma deve crescer de 1,373 milhão para 1,535 milhão de hectares.

A produção brasileira de algodão em pluma em 2021/2022 deverá crescer 15,5% na comparação com o ano anterior, passando de 2,38 milhões para 2,75 milhões de toneladas, projetou a consultoria Safras & Mercado.

A estimativa é que a área de plantio cresça 11,8%, de 1,373 milhão para 1,535 milhão de hectares. A produtividade deverá subir 3,35%, aumentando de 1.734 quilos para 1.792 quilos por hectare.

“O recente rally de alta das cotações do algodão fez com que os produtores aumentassem suas apostas no cultivo da cultura. Na primeira intenção de plantio, realizada no final do último mês de julho, os números mostram um recuo da área pelo segundo ano consecutivo, diante da forte concorrência dos grãos, cuja margem de rentabilidade era mais atrativa”, explica o analista e consultor da Safras & Mercado, Élcio Bento.

Desde a primeira intenção de plantio até o início de outubro, os preços da pluma se elevaram em mais de 20%. “Essa escalada das cotações nacionais foi sustentada pela recuperação dos preços internacionais e pela alta do dólar, que melhoram a competitividade do produto brasileiro numa temporada em que a produção é cerca de 650 mil toneladas inferior à da safra passada”, acrescenta Bento.

De acordo com a consultoria, ao contrário do ano passado, o plantio da soja deve ocorrer sem atrasos, o que tende a permitir que a segunda safra de algodão também ocorra dentro da janela ótima.

Conab

A projeção da consultoria é maior do que a divulgada, também nesta quinta-feira (7/10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com a Conab, a produção da pluma deve totalizar 2,678 milhões de toneladas. Se confirmado, será um aumento de 13,7% em comparação com o ciclo 2020/2021.

Para a área, a previsão também é um pouco menor em comparação a Safras & Mercado. “A perspectiva inicial da Conab é de um aumento de 10,2% na área a ser plantada, totalizando 1.510 mil hectares. Neste momento há muitas indefinições com relação à área a ser plantada, principalmente para as culturas de segunda e terceira safras do ciclo 2021/2022”, informa o relatório.

Fonte: Revista Globo Rural

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