Amazônia e possíveis barreiras comerciais ao agronegócio

Um dos assuntos mais falados no mundo é o problema das queimadas na Amazônia; governo, imprensa, ONGs e personagens mundiais degladiam usando #fakenews.

Com uma agenda, única e exclusiva, para deteriorar a imagem do Brasil frente ao mundo, e pior, estão atribuindo ao agronegócio a culpa pelas queimadas que acontecem na Amazônia. Fizemos o nosso dever de casa, e coletamos o que de mais relevante foi publicado durante a semana quando o assunto é Amazônia. É de nosso entendimento que não faz sentido algum o produtor rural atear fogo em suas pastagens, até porque é de lá que vem a alimentação do gado. O que mais surpreende é falta de bom-senso de muitas pessoas influentes no mundo e até mesmo veículos de imprensa usando imagens de décadas passadas para noticiar o fato atual, #fakenews pelo jornalismo mundial.

De celebridades hollywoodianas a políticos, passando pela imprensa mainstream, todos querem tirar uma casquinha dos incêndios florestais na América do Sul, cuidado, querem te manipular. Dependendo do canal consumido, um cidadão da Islândia sairá da TV ou da internet imaginando que um político de extrema-direita brasileiro está com uma tocha na mão, torrando árvores e as já quase extintas girafas amazônicas.

O exagero deste parágrafo acima, por incrível que pareça, perde para outros promovidos por quem – com todo o recurso disponível em reais ou dólares – fala besteiras sobre as queimadas florestais no Brasil, intencionais ou por amadorismo.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub atribuiu o que chamou de “crise amazônica falsa” a uma suposta reação de “agricultores europeus diante da iminente invasão de produtos brasileiros” dentro do acordo entre União Europeia e Mercosul. “A crise Amazônica falsa é fruto do acordo comercial fechado com a Europa. O lobby dos agricultores europeus reagiu diante da iminente invasão de produtos brasileiros. Isso, combinado com ONGs, esquerda e “artistas”, revoltados com o fim da mamata. Podem prejudicar os brasileiros”, afirmou o ministro.

Imagem veículada nas redes sociais / Foto: Reprodução das Redes Sociais

O comportamento agressivo de Jair Bolsonaro (PSL) ao lidar com a escalada de notícias acerca do desmate e de queimadas na Amazônia gerou um princípio de crise no governo nesta quinta (22). Caberá ao Exército, que se considera guardião da região, dar a principal resposta à opinião pública na crise. Mas foi a ministra Tereza Cristina (Agricultura) que soou o alarme: a rota estabelecida pelo presidente, que chegou a acusar ONGs pelos incêndios e fez piada sobre ser o “capitão motosserra”, levaria o Brasil inexoravelmente à condição de vilão ambiental mundial, e teria implicações econômicas sérias.

O Agroverdades, canal do Youtube corriqueiro aqui com seus vídeos, também esclarece sobre o assunto e pede que o Presidente Jair Bolsonaro seja melhor assessorado.

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A foto da capa da matéria é uma provocação, entenda abaixo:

https://twitter.com/allantercalivre/status/1164859262969028609

São antigas e não foram feitas na Amazônia fotos de animais vítimas de queimadas

Circula pelas redes sociais um post com quatro imagens de animais que teriam sido vítimas de incêndios recentes na Amazônia. Uma das fotos mostra um animal correndo de um campo em chamas. Outra é um registro de uma onça ferida. Há também um tamanduá morto e um tatu bebendo água dada por um bombeiro. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado.

A informação analisada pela Lupa do Yahoo é falsa. As quatro imagens reunidas no post foram feitas em épocas e lugares diferentes, que não são áreas da floresta amazônica. Três dos registros ocorreram em fazendas atingidas pelo fogo no interior de São Paulo, em 2011, e no Mato Grosso, em 2019. Outra das fotos, que circulava já em 2016, retrata um animal atingido por um veículo em uma estrada.

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Barreiras comerciais ao agronegócio por causa de queimadas

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse nesta sexta-feira (23) que não vê razões para eventuais barreiras ao agronegócio brasileiro por causa das queimadas na Amazônia. Tereza Cristina ressaltou que, todos os anos, há queimadas na região amazônica no período da seca, assim como em outras regiões do mundo, como na Europa e nos Estados Unidos. Para a ministra, os países precisam se informar sobre a situação antes de tomar qualquer medida. “Acho que eles precisavam saber primeiro do Brasil o que está acontecendo antes de tomar qualquer tipo de medida”, afirmou.

Fumaça cria noite em São Paulo?

Ricardo Felicio é Graduado em Ciências Atmosféricas na área de Meteorologia pela Universidade de São Paulo, mestre em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, doutor em Geografia na área de Geografia Física pela Universidade de São Paulo e Professor Doutor da Universidade de São Paulo. Depois dessa carteirada, é hora de ouvi-lo explicar tecnicamente a noite provocada pelas queimadas em São Paulo.

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Por Amazônia, Finlândia pede que UE considere banir carne do Brasil

O governo da Finlândia, que detém a presidência rotativa da União Europeia, pediu que o bloco considere a possibilidade de banir as importações de carne bovina do Brasil devido à devastação causada pelas queimadas na Amazônia.

Não é possível avaliar até onde irá se extender o problema. O fato é que há tanta desinformação rolando em veículos de imprensa sérios que acaba se passando por verdade, isso é preocupante, é necessário que o governo faça algo esclarecedor para que essa onda não afete a imagem do Brasil no exterior. Imaginar embargos aos produtos brasileiros pode piorar ainda mais nossa economia que já não está de vento em polpa.

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