Anec reduz projeção de exportação de soja em novembro para 4,4 milhões de t

Para o farelo de soja, a projeção caiu para 2,5 milhões de toneladas, recuo de 6,9% sobre a estimativa anterior de 2,68 milhões de toneladas.

São Paulo, 26 – A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu a estimativa de exportação de soja em grão em novembro para 4,40 milhões de toneladas, recuo de 6,6% em relação à projeção de 4,71 milhões de toneladas divulgada na semana passada. O volume ainda representa crescimento de 88% ante os 2,34 milhões de toneladas embarcadas em novembro de 2024. Apesar da revisão negativa, o desempenho permanece consistente com a sazonalidade da entressafra, ficando abaixo dos 6,4 milhões de toneladas embarcados em outubro. No acumulado de janeiro a outubro, o Brasil exportou 101,48 milhões de toneladas de soja na safra 2024/25, consolidando o escoamento recorde da temporada.

Para o farelo de soja, a projeção caiu para 2,5 milhões de toneladas, recuo de 6,9% sobre a estimativa anterior de 2,68 milhões de toneladas. O volume representa alta de 44,5% frente ao 1,73 milhão de toneladas embarcadas em novembro de 2024, mantendo a recuperação do derivado após períodos de menor demanda nos meses anteriores. No acumulado de janeiro a outubro, foram exportados 19,13 milhões de toneladas de farelo.

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No milho, a Anec reduziu a faixa de projeção para entre 5,80 milhões e 6,42 milhões de toneladas em novembro, ante a faixa anterior de 5,80 milhões a 6,92 milhões de toneladas. A associação trabalha agora com média efetiva de 6,11 milhões de toneladas aplicada nos cálculos, queda de 3,9% sobre a média de 6,36 milhões de toneladas da semana anterior. O volume representa crescimento de 24,2% em relação aos 4,92 milhões de toneladas exportadas em novembro de 2024. A Anec destacou que considera a possibilidade de menores carregamentos devido a limitações operacionais. No acumulado até outubro, foram embarcados 29,64 milhões de toneladas.

O line-up dos portos para a semana de 23 a 29 de novembro indica 1,04 milhão de toneladas de soja, alta de 8,4% ante 961,7 mil toneladas programadas na semana anterior (16 a 22 de novembro). Os principais portos foram Santos (272,8 mil t), Paranaguá (63 mil t) e São Luís/Itaqui (190,4 mil t). Para o milho, está programado 1,67 milhão de toneladas, crescimento de 10,1% sobre o 1,52 milhão de toneladas da semana passada, lideradas por Santos (772,6 mil t), Paranaguá (310 mil t) e Barcarena (270 mil t).

O farelo de soja deve atingir 850,1 mil toneladas, alta de 4,5% sobre as 813,6 mil toneladas programadas na semana anterior, com destaque para Santos (403,2 mil t), Paranaguá (340,1 mil t) e São Francisco do Sul (88,3 mil t).

Na semana de 16 a 22 de novembro, os embarques efetivos somaram 840 mil toneladas de soja, queda de 35,4% ante 1,30 milhão de toneladas embarcadas na semana de 9 a 15 de novembro. Os principais volumes saíram por Santos (271 mil t), Paranaguá (205,4 mil t) e Rio Grande (131,7 mil t). O milho registrou 1,12 milhão de toneladas embarcadas, recuo de 27,0% frente ao 1,54 milhão de toneladas da semana anterior, concentradas em Santos (505,7 mil t), Barcarena (252,1 mil t) e Santarém (128,4 mil t). O farelo de soja alcançou 595 mil toneladas, baixa de 22,4% frente às 767,1 mil toneladas da semana anterior.

O total combinado de exportações projetado para novembro deve variar entre 12,96 milhões e 13,59 milhões de toneladas, com média de 13,27 milhões de toneladas, representando alta de 46,1% frente aos 9,08 milhões de toneladas embarcadas em novembro de 2024. A projeção consolidada recuou 5,4% em relação à estimativa anterior, de 14,04 milhões de toneladas. A Anec ressalta que os volumes ainda podem ser ajustados até o fechamento do mês, conforme condições climáticas e operacionais dos portos.

No acumulado de janeiro a novembro, considerando as projeções para o mês, o Brasil deve alcançar 105,87 milhões de toneladas de soja exportadas, avanço de 8,8% sobre as 97,29 milhões de toneladas de igual período de 2024. Para o farelo de soja, a estimativa é de 21,62 milhões de toneladas, queda de 5,3% ante 22,84 milhões de toneladas. No milho, o volume deve ficar entre 35,44 milhões e 36,07 milhões de toneladas, recuo de 6,3% a 4,7% frente aos 37,83 milhões de toneladas de igual período do ano passado. O volume total de produtos (soja, farelo, milho e trigo) pode chegar a 165 milhões de toneladas no período, crescimento de 2,8% sobre os 160,55 milhões de toneladas de janeiro a novembro de 2024.

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