Para a entidade, o grande trunfo do país nas negociações internacionais é mostrar que é possível produzir alimentos e preservar o meio ambiente ao mesmo tempo.
Às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) reforça que o Brasil chega ao evento com um diferencial único, a capacidade de produzir alimentos em larga escala sem abrir mão da conservação ambiental. Para o mestre e doutor em Direito e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Daniel Vargas, esse é o principal ativo brasileiro diante do mundo, um modelo que alia eficiência produtiva, tecnologia e sustentabilidade.
A Aprosoja MT ressalta que o produtor rural brasileiro já pratica sustentabilidade há décadas e que levar esses resultados para o debate climático internacional é essencial para reposicionar o país diante das principais economias globais. Daniel Vargas enfatiza a importância do Brasil conduzir o diálogo climático a partir de sua própria realidade, mostrando o seu potencial produtivo.
“Nós precisamos olhar para a realidade brasileira e tratar o clima como desenvolvimento, o verde como valor e as regras brasileiras e as governanças nacionais como condição para o progresso. Tendo como eixo, a segurança alimentar. O mundo ainda luta contra a fome e o Brasil pode contribuir com essa superação da miséria no planeta. Segundo e terceiro eixo, a segurança energética e a tropicalização das métricas, ela não pode ser feita lá fora, deve ser construída a partir da nossa realidade. E a quarta é a valorização do mercado e da competição para produzir mais ao mesmo tempo em que a eficiência gera sustentabilidade. Esses pontos orientam a discussão climática em uma direção que valoriza o uso da terra como caminho do futuro e oportunidade, não como um vilão de conveniência para resolver ou compensar problemas que o planeta não conseguiu resolver no passado”, afirmou.
O especialista ainda destacou a atuação da Aprosoja MT em defesa de uma agenda sustentável, voltada para o desenvolvimento e o reconhecimento da sustentabilidade praticada pelos produtores brasileiros. “Existe uma mensagem fundamental que a Aprosoja MT tem abraçado. É a ideia de que o clima deve ser tratado como agenda de desenvolvimento e o verde como valor. Fazer isso significa olhar para as discussões que têm acontecido no mundo como um espaço para projetar tudo aquilo que o Brasil já faz bem feito dentro de casa. Todos os serviços ambientais que nós prestamos de graça para o mundo como um ativo que precisa agora ser capitalizado. E ao converter tudo isso em recurso, em valor, damos cada vez mais força para a competitividade brasileira na produção de alimentos, de bioenergia e de tudo mais o que a gente faz na terra com imensa qualidade”, detalhou.
Para a Daniel Vargas, a COP30 representa uma oportunidade para o Brasil, país-sede do evento, mostrar ao mundo seu protagonismo na produção sustentável e na preservação ambiental. “A COP é uma oportunidade e um desafio. A oportunidade de receber as lideranças econômicas, políticas e científicas para conversar sobre um problema do mundo em que nós brasileiros temos uma imensa vantagem sobre os nossos competidores. E aqui é onde nós temos a tarefa de aproveitar esse momento para dialogar sobre aquilo que a gente verdadeiramente é. Um país que tem 66% da sua área nativa preservada. Um terço das nossas florestas estão dentro de propriedades privadas. Um manancial de capital verde com tecnologias e técnicas sustentáveis que aumentam a nossa produção sem impacto ou reduzindo o impacto ambiental. O que coloca o Brasil como protagonista e exemplo para discutir com o mundo como avançar com menor impacto para o meio ambiente”, exemplificou.
Com o apoio de instituições como a Aprosoja MT, o setor produtivo se posiciona como parte da solução climática, mostrando que o agronegócio brasileiro é sinônimo de desenvolvimento, inovação e compromisso com o meio ambiente.
Fonte: Aprosoja MT
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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