Arroba a R$ 323 com grande “confusão” no mercado

O mercado dessa semana se manteve com preços firmes, apensar da grande confusão entre os pecuaristas e indústrias; Afinal, qual o limite de queda nos preços?

O mercado físico de boi gordo registrou preços mistos nesta quinta-feira, 15, na maioria das regiões de produção e comercialização do boi gordo. Apesar da grande confusão instalada no mercado, onde cada lado segue avaliando suas margens de lucro, as negociações apresentaram baixa fluidez e preços firmes, onde a lacuna na oferta impede uma maior queda nos preços.

Os frigoríficos voltaram a optar por reduzir suas capacidades operacionais e, com isso, operam com escalas de abate mais confortáveis no decorrer do mês de julho. Sendo assim, eles se aproveitam dessas falsas escalas confortáveis para pressionar os preços da arroba!

Segundo a Scot Consultoria, o consumo de carne bovina patinando e a boa oferta de bovinos para abate têm mantido as indústrias confortáveis nas compras. Assim, a cotação do boi e da vaca gordos ficou estável na comparação diária, mas a da novilha gorda caiu R$2,00/@.

Com isso, o boi gordo está cotado em R$315,00/@, a vaca gorda em R$294,00/@ e a novilha gorda em R$308,00/@, preços brutos e a prazo. Negócios com bovinos de até quatro dentes giram em torno de R$325,00/@, preço bruto e à vista.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 318,81/@, na quinta-feira (15/07), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 301,01/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 309,71/@.

Segundo as informações, o Indicador do Cepea voltou a apresentar desvalorização, mesmo que leve, com uma variação de -0,16% e, com isso, acabou ficando cotado a R$ 320,55/@ nesta quinta-feira. Mesmo assim, os valores se firmam próximo ao recorde do Indicador!

Nas exportações, até a segunda semana de julho, foi exportado um volume médio diário de 7,5 mil toneladas de carne bovina in natura, negociadas em US$5.356,00/t. Frente ao mesmo período em 2020, esses valores equivalem a um acréscimo de 2,9% no volume embarcado, e 31,2% no faturamento.

Segundo a Agrifatto, com a entrada de novos lotes de animais terminados no mercado físico do boi gordo e a baixa demanda de consumo interno, os preços da arroba do boi gordo estão sendo pressionados, mas mantendo a média de R$ 315,00/@. Na B3, o contrato futuro de outubro/21 fechou o dia em R$ 322,65, com valorização de 0,44 % no comparativo diário. 

O contraponto parte de agências de notícias internacionais e consultorias privadas que ainda apontam para descontrole de casos, e até mesmo citam uma potencial terceira onda da doença.

“De concreto apenas a forte queda dos preços da suinocultura local que foi estancada pela atuação do governo chinês, recompondo seus estoques públicos”, assinalou Iglesias da Safras$Mercado.

Giro do Boi Gordo no Brasil

  • Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 316 na modalidade à prazo, ante R$ 316 – R$ 317 na modalidade à prazo na quarta-feira.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 302, contra R$ 305.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 309, inalterada.
  • Em Cuiabá, o valor foi de R$ 307, contra R$ 307 – R$ 308.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 309 a arroba, ante R$ 311.

Atacado

Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina caíram para alguns cortes. Segundo Iglesias, a tendência é pela continuidade deste movimento no curto prazo, considerando o menor apelo ao consumo no decorrer da segunda quinzena do mês, resultando em uma reposição mais lenta entre atacado e varejo.

“Além disso, os frigoríficos conseguiram uma posição de maior conforto em suas escalas de abate o que também sinaliza para estoques de carne mais robustos neste momento. A carne de frango ainda conta com a preferência do consumidor médio no Brasil, algo bastante compreensível na atual conjuntura econômica”, assinalou Iglesias.

Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 21,05 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,10 o quilo, com queda de 20 centavos, e a ponta de agulha recuou de R$ 17,40 o quilo para R$ 17,10 por quilo.

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