Arroba atinge R$ 340,00 e não atingiu o teto ainda

Mercado físico sobe a régua e já paga R$ 335,00/@ como base e mais bonificação. Frigoríficos preveem disparada nos preços da arroba e mantém acelerado o hedge da B3!

O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais altos nesta terça-feira, 30, com frigoríficos subindo a régua na oferta de preços para as três categorias. Em mais uma dia de negociações travadas diante da baixa oferta de animais para abate, novamente houve registro de negócios realizados com preços acima das referências médias. Preços vão continuar em disparada nos próximos dias e frigoríficos tentam se proteger!

Segue com firmeza a tendência de alta dos preços no curto prazo e médio, em linha com o ótimo potencial de consumo no decorrer do último bimestre, período pautado pelo ápice da demanda de carne bovina em escala nacional. Os frigoríficos mantêm acelerado o hedge do boi gordo na B3.

O pecuarista brasileiro tem mais um recorde de preço no Indicador do Boi Gordo/CEPEA, com as cotações nesta terça-feira saltando de R$ 321,80/@ para o valor recorde de R$ 322,30/@. O valor do indicador acumulou uma alta de 25,36%, e deve fechou o mês de novembro com uma das maiores valorizações do ano. Veja o gráfico!

Segundo o app da Agrobrazil, os preços na praça paulista estão variando de 315,00/@ a R$ 330,00/@. A melhor negociação, informada nesta quarta-feira, ficou para Rolândia/PR, com preço base de R$ 335,00/@ + R$ 5,00/@ de bonificação, totalizando uma arroba de R$ 340,00 na boiada gorda, com pagamento no prazo de 28 dias e abate no dia 02 de dezembro.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 325,72/@, na terça-feira (30/11), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 319,16/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 317,64@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ 302,84/@.

Segundo a Scot Consultoria, com escalas atendendo em média sete dias, os frigoríficos abriram o dia pagando R$1,00/@ a mais para todas as categorias destinadas ao abate. Reflexo da oferta restrita e expectativa positiva frente ao consumo de carne no final de ano. 

Dessa forma, a referência de preço está em R$317,00/@ para o boi gordo, R$296,00/@ para vaca gorda e R$306,00/@ para novilha gorda, preços brutos e a prazo.

O ambiente de disputa entre frigoríficos e pecuaristas vai se acirrando cada vez mais, com margens pressionadas as indústrias querem pagar menos, por outro lado, a oferta escassa ainda dá firmeza para que o mercado vigore em patamar elevado.

Na B3, o contrato futuro de boi gordo com vencimento para dez/21, encerrou o último dia do mês cotado em R$ 330,55/@, sem alterações significativas no comparativo diário.

Frigoríficos preveem disparada do boi

Os frigoríficos mantêm acelerado o hedge do boi gordo na B3. Maiores operadores do mercado futuro, estão se protegendo da alta que terão que enfrentar no físico em dezembro, e puxam os vencimentos.

O contrato está em mais 0,35% e a cotação do boi gordo vai a R$ 332, às 12h05, ao passo que o janeiro avança 0,21%, e circunda os R$ 335,70. O cenário reproduz a forte valorização da @ desde o início do mês, cuja escassez de animais acabados fez com que a cadeia ignorasse a ausência da China, que ainda segue sem comprar nada desde início de setembro, em veto imposto à carne bovina brasileira pelos casos de vaca louca.

No Cepea de segunda, o boi foi a R$ 321,80, com alta de 1,16%, e não parece ter teto por enquanto, daí que os derivativos estão na mesma frequência. O indicador é base de liquidação dos contratos na Bolsa

@estanciabahialeiloes

A oferta de animais terminados, prontos para o abate, segue restrita e é a grande variável de sustentação dos preços das boiadas neste momento. “Os frigoríficos tentam cadenciar as compras, evitando movimentos de alta ainda mais agressivos. O foco de momento é o atendimento da demanda doméstica no último bimestre, com pedidos do varejo acontecendo até o final da primeira quinzena de dezembro. Após esse período, o mercado tende a fluir de maneira mais lenta”, completou Iglesias.

Em relação à China, o mercado segue em compasso de espera, sem novidades acerca de novas certificações para a carne bovina brasileira.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 324 na modalidade à prazo, ante R$ 322 na segunda-feira.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 320, contra R$ 317.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 318, contra R$ 315.
  • Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 307, ante R$ 306.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 330 por arroba, contra R$ 327.

Atacado

O mercado atacadista apresenta preços estáveis, com perspectiva de alguma alta dos preços no curto prazo. “A demanda doméstica possui limitações, mas a capitalização do consumidor médio durante o último bimestre tende a permitir moderada alta dos preços. Esse movimento e limitado justamente pelo descontrole inflacionário em meio a notáveis dificuldades macroeconômicas, a exemplo da criação de novos postos de trabalho e avanço da renda média. Nesse ambiente seguirá em curso o processo de migração para proteínas concorrentes, prioritariamente a carne de frango”, disse Iglesias.

O quarto traseiro seguiu com preço de R$ 23 por quilo. A ponta de agulha ainda esteve com preço de R$ 15,70 por quilo. O quarto dianteiro seguiu no patamar de R$ 16 por quilo.

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