Arroba bate R$ 330 e recorde preocupa as indústrias, veja!

Os preços voltaram a quebrar os recordes nesta semana diante de um “apagão do boi” e indústria segue disputando a matéria-prima no campo!

O mercado físico de boi gordo registrou preços entre estáveis a mais altos nesta terça-feira, 6, e voltou a bater recorde de preços. Com oferta extremamente restritas e os frigoríficos ainda acusando muita dificuldade na composição de suas escalas de abate, ainda posicionadas entre dois e quatro dias úteis, os preços vão continuar avançando!

Os problemas de “apagão da boiada gorda” – como dizem alguns-, associados à dificuldade em repassar o aumento dos custos ao restante da cadeia da carne, têm levado os frigoríficos a disputar a matéria-prima no campo ou, até mesmo, fechar suas portas!

Segundo a Scot Consultoria, para o boi gordo e a vaca gorda, a referência subiu R$2,00/@ na comparação feita dia a dia, negociados respectivamente em R$315,00/@ e R$287,00/@, preços brutos e à vista. Os negócios envolvendo a novilha gorda subiram R$1,00/@ no comparativo diário, negociada em R$303,00/@, preço bruto e à vista

O Indicador Cepea/Esalq fechou o dia com grande valorização e registrou um novo recorde superando o patamar de R$ 318 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 19% e, em 12 meses, os preços alcançaram 56% de valorização.

Para os animais que atendem os requisitos do mercado chinês, as ofertas de compra giram em torno de R$330,00 por arroba, considerando o preço bruto e à vista. Sinal é de que esse se torne a nova referência de preços para o mercado de animais jovens até 30 meses de idade!

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 318,95@, na terça-feira (06/04), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 296,51/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 302,43/@.

As indústrias tem reportado que continuam conseguindo completar as suas programações de abate apenas mediante ao pagamento de valores mais elevados. Além disso, para piorar a vida dos frigoríficos neste momento os pecuaristas que ainda têm bons pastos nas fazendas optam em segurar o seu gado gordo.

Na B3, o dia também foi de lentidão e poucas alterações. O contrato de abril/21 encerrou o dia cotado a R$ 317,25/@, variação positiva de apenas 0,05%. Já o maio/21, contrato mais negociado do dia, permaneceu estável em R$ 314,95/@.

Exportação Aquecida sustenta preços

Em março, o Brasil exportou 133,82 mil toneladas de carne bovina in natura, com faturamento de US$617,22 milhões de dólares (Secex). A média diária embarcada foi de 5,81 mil toneladas e a cotação média foi de US$4.612,30, desempenhos 1,7% e 5,0% maiores em relação a março de 2020.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil, segundo Safras

  • Na capital de São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 320, estável na comparação com a segunda-feira.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, estável.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 306, inalterada.
  • Em Cuiabá (MT), a arroba ficou indicada em R$ 307 a arroba, ante R$ 305,00 – R$ 306.
  • Em Uberaba (MG), preços a R$ 313, estáveis.

Carne bovina no atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por maior espaço para reajustes. No entanto esse movimento tende a se concentrar nos cortes menos nobres, a exemplo do quarto dianteiro e da ponta de agulha.

No entanto, o cerceamento das atividades de restaurantes, bares e de outros estabelecimentos acaba limitando as vendas das linhas premium, vinculadas ao quarto traseiro.

Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 20,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,55 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,30 o quilo.

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