Arroba de boi gordo tem ganhos no preço Brasil afora; veja onde

Escalas curtas impulsionam leve alta no boi gordo, mas consumo interno limita avanço. Além disso, o mercado segue apoiado no bom desempenho das exportações.

O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar recuperação nos preços nesta terça-feira (18). O movimento é impulsionado pelo encurtamento das escalas de abate, uma variável-chave segundo Fernando Henrique Iglesias, consultor da Safras & Mercado.

“Esse movimento tende a acontecer de forma comedida. Mesmo com a dificuldade na composição das escalas de abate, o cenário de consumo doméstico não permite alta mais consistente dos preços. Exportações em ótimo nível ainda são uma variável importante”, explica Iglesias.

Oferta de fêmeas reduzida pressiona frigoríficos

O mercado físico do boi gordo vem refletindo a desaceleração nas entregas de fêmeas gordas aos frigoríficos. A oferta de fêmeas recuou expressivamente, segundo a Agrifatto. Com a dificuldade em compor escalas com vacas, frigoríficos concentram compras em machos terminados e novilhas. Pecuaristas, por sua vez, resistem à pressão sobre os valores de balcão, buscando preços mais elevados.

Segundo a Agrifatto, a arroba se valorizou em nove das 17 praças acompanhadas, incluindo Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rondônia e Tocantins. Nos demais estados, os preços permaneceram estáveis.

A queda de braços entre produtores e indústrias encurtou as escalas de abate para uma média de sete dias úteis no Brasil.

  • Vaca gorda (SP): R$ 280/@
  • Novilha gorda (SP): R$ 295/@

Preços médios da arroba do boi gordo

  • São Paulo: R$ 312,67 (anteriormente R$ 311,83)
  • Goiás: R$ 299,29 (contra R$ 297,14)
  • Minas Gerais: R$ 290,59 (ante R$ 285)
  • Mato Grosso do Sul: R$ 298,41 (contra R$ 294,89)
  • Mato Grosso: R$ 299,76 (contra R$ 299,39)

Mercado atacadista segue firme

Apesar da firmeza nos preços, Iglesias aponta que o ambiente de negócios sugere menor propensão a reajustes, especialmente na segunda quinzena do mês, quando o consumo tende a cair.

O consumo de proteínas mais acessíveis, como frango, embutidos e ovos, segue sendo priorizado pela população.

  • Quarto traseiro: R$ 25,00/kg
  • Quarto dianteiro: R$ 18,50/kg
  • Ponta de agulha: R$ 17,00/kg

Mercado futuro e expectativas

Na B3, a segunda-feira (17) foi positiva para a maioria dos contratos do boi gordo. O vencimento de junho/25 fechou em R$ 314,35/@, um avanço de 1,14%.

Com o orçamento mais restrito na segunda metade do mês, o escoamento da carne bovina segue lento. Em São Paulo, as vendas no varejo e atacado perderam ritmo.

Frigoríficos têm despachado mercadorias sem destino certo, buscando liberar espaço nas câmaras frias. No entanto, com distribuidores já abastecidos até sexta-feira (21/3), a demanda segue fraca, com exceção do dianteiro, que ainda encontra alguma procura.

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