
O mercado já sente a pressão da menor oferta de animais confinados neste primeiro giro e com aquecimento do mercado interno e externo preço dispara!
O pecuarista brasileiro está com motivos para comemorar no primeiro trimestre de agosto. Mesmo com a melhora na oferta, os animais padrão China estão sendo negociados, em média, a R$ 230 a arroba, enquanto o boi comum está a R$ 225. Segundo o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Iglesias, muitos fatores explicam esse preço elevado por tanto tempo.
“A primeira quinzena de agosto foi muito positiva para a pecuária de corte. A demanda adicional do dia dos pais promoveu muita venda no varejo, o que acabou favorecendo a reposição entre atacado e varejo, e valorizou a carne de maneira bastante expressiva. Outro fator que não podemos deixar de considerar são as exportações que seguem elevadas, com a China absorvendo um volume muito expressivo da carne bovina brasileira”, disse.
Segundo o analista, é natural que essa alta perca força nos próximos dias, já que não há tanto apelo ao consumo como foi nos 15 primeiros dias. Mas, apesar disso, a projeção é de que os preços continuem a subir, sobretudo no último trimestre do ano.
“Entre outubro e dezembro, existem condições para que o preço ultrapasse essa barreira dos R$ 230. O mercado paulista pode alcançar R$ 240 pela arroba, dependendo das circunstâncias. Por exemplo, se a China continuar importando tanta carne e o real continuar tão desvalorizado, somando-se à reabertura econômica tanto no Brasil, como em mercados relevantes como Europa e Oriente Médio, é possível que a arroba alcance valores mais expressivos nesse último trimestre do ano”, finalizou.
Negócios informados
Como não seria diferente, a semana já iniciou quebrando recordes. O preço da arroba em São Paulo, principal praça consumidora do país, já alcançou nova máxima, mostrando que os frigoríficos estão brigando pelo boi e o pecuarista está fazendo o dever de casa, colocando ainda mais “fogo no mercado”.
Segundo o aplicativo da Agrobrazil, foram informados negócios na casa de R$ 233/@, em Novo Horizonte/SP, com pagamento à vista e data de abate para o dia 25 de agosto. Escala curta nesse momento, com máximo de 7 dias.
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Ainda segundo informações do app, as escalas de abate que se tornaram “confortáveis” em São Paulo na última semana, parecem ter perdido força e voltam a se encurtar. Lembrando que a escala se alongou por conta da entrada de animais do Mato Grosso do Sul para abate no estado paulista.
E agora? Esperar mais uns dias ou vender a boiada? Essa é a pergunta que muitos se fazem nesse momento onde, parece, não haver limites para o movimento altista no mercado do boi gordo. O pecuarista contínua fazendo o dever de casa e pressiona a indústria que, por outro lado, precisa cumprir seus contratos.
Compre Rural com informações do Cepea, Canal Rural, Agência Safras e Mercado e Agrobrazil