Arroba passa de R$ 240 com frigorífico brigando por boi

Arroba do boi a R$240 já está consolidada com alta da carne no mercado atacadista, mas para chegar aos R$245 vai precisar de apoio do mercado interno. Veja!

O mercado físico do boi gordo voltou a registrar novos movimentos de alta em algumas importantes praças pecuárias, motivados pela recuperação da demanda interna e pela continuidade do bom ritmo das exportações de carne bovina, além da enorme escassez de animais prontos para abate.

“Diante do crescimento do volume de vendas de carne bovina nos atacados brasileiros, frigoríficos atuam de forma mais firme nos negócios”, relata a IHS Markit.  Essa maior demanda doméstica é explicada pelo pagamento dos salários nas contas dos trabalhadores.

“A entrada de salários de parte da população consumidora neste início de mês e o feriado de 7 de setembro na próxima segunda-feira devem aumentar as vendas de carne nos principais centros urbanos, abrindo margem para possíveis ajustes positivos no curtíssimo prazo”, prevê a consultoria.

No entanto, a baixa de oferta de boiadas limita o avanço das programações de abate das indústrias, contribuindo ainda mais para a forte pressão altista da arroba.

Segundo app da Agrobrazil, os preços seguem com forte tendência de alta nesse momento. Segundo os negócios informados nesta segunda feira, o preço médio para praça de São Paulo, fechou o dia com forte valorização e cotado a R$ 239,00/@, com preço variando de R$ 233 a R$ 240/@.

Já o Indicador do Cepea, esse continua quebrando seus recordes, estabilizado com o valor de R$ 237,60/@.

Giro pelas praças

Em Paragominas-PA, a arroba do boi registrou forte valorização nesta terça-feira, 1º de setembro. Nessa região, as escalas de abate continuam encurtadas, atendendo, em média, apenas dois dias úteis, segundo a IHS Markit.

Em Rondônia, negócios efetuados hoje foram feitos em patamares mais elevados de preços relação aos níveis anteriores. Na Bahia, o valor pago pela arroba segue em forte trajetória ascendente. A oferta encurtada de gado no Estado limita o ganho de liquidez no mercado, e negócios pontuais são feitos a patamares bastante elevados, relata a IHS Markt.

Em São Paulo, frigoríficos exportadores elevaram os preços oferecidos por animais que atendem aos requisitos internacionais.

No Mato Grosso, os preços da arroba também aumentaram nesta terça-feira. Frigoríficos do Estado alegam dificuldades para adquirir boiada e, para conseguir comprar a matéria prima, pagaram valores acima das máximas anteriores.

Em Belo Horizonte-MG, a cotação da vaca subiu nesta terça-feira e players da região alegam dificuldades para efetivar novos negócios em meio ao forte movimento de especulação no mercado.

No Paraná, o mercado registrou boa liquidez de negócios, e os preços da arroba subiram. No Rio Grande do Sul, a arroba da vaca se valorizou nesta terça-feira, informa a IHS Markit.

Boi-China escasso

Diante da escassez de oferta e da redução do volume de compras, a diferença entre os preços pagos em animais para exportação e para atender o mercado doméstico diminuiu. Entre algumas das plantas pesquisadas do Mato Grosso, há registros de unidades que pagam apenas R$ 3/@ como prêmio pelo “Boi China”, de acordo com apuração da IHS Markit.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis após a forte alta de ontem. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por reajustes no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia, impulsionando a reposição ao longo da cadeia produtiva.

Com isso, a ponta de agulha permaneceu em R$ 13,95 o quilo. O corte dianteiro continuou em R$ 14 o quilo, e o corte traseiro permaneceu em R$ 16,15 o quilo.

Compre Rural com informações da Agrobrazil, Agência Safras, IHS Markit, Portal DBO e Cepea

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