Arroba tem “pior” maio, mas alta pode estar perto; Veja!

Os preços do boi gordo chegam ao final do mês com uma desvalorização de mais de R$ 13/@; Entretanto, um cenário positivo pode estar chegando para o pecuarista!

Após sofrer reajustes negativos ao longo da última semana, a sexta-feira, 27, trouxe um encerramento sem novas alterações. Dessa forma, o mercado físico do boi gordo, apesar da oferta de animais ser considerada elevada, os frigoríficos não conseguiram alongar suas escalas de abate, com a mesma intensidade.

Diante deste cenário, a arroba continuou a ser negociada na média de R$ 300,00. Já o mercado futuro, na B3, o único contrato que encerrou o dia com variação positiva, em 0,43%, foi o futuro com vencimento para mai/22, que se líquida na terça-feira, cotado a R$ 313,30/@, apontou a Agrifatto. 

O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais baixos nesta sexta-feira, 27, com indústrias não conseguindo alongar as suas escalas de abate com a mesma intensidade da última semana. Agora, o mercado parece ter encontrado um piso e, a antecipação da entressafra do boi, pode trazer uma mudança positiva para o pecuarista.

Após a queda de R$4,00/@ para o boi gordo ao longo da semana, o cenário hoje foi típico de sexta-feira, com boa parte das indústrias fora das compras. Por outro lado, as indústrias ativas ofertaram menos R$2,00/@ para a novilha gorda na comparação feita dia a dia. Para boi gordo e vaca gorda as cotações permaneceram estáveis.

Assim, a cotação de boi, vaca e novilha gordos está em R$302,00/@, R$272,00/@ e R$292,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo. Vale ressaltar que há oferta de preços menores para todas as categorias, mas com volume irrisório de compras, apontou a Scot Consultoria.

Para bovinos cujo destino é a exportação os negócios estão em R$310,00/@. Segundo o app da Agrobrazil, o pecuarista de Presidente Bernardes/SP, informou negociação no valor de R$ 310,00/@ com o pagamento no prazo de 30 dias e o abate programado para o dia 06 de junho.

Segundo o Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3, o fechamento da semana trouxe uma desvalorização de 1,03%. Desta forma, os preços pularam de R$ 319,10/@ para o valor de R$ 315,80/@. O Indicador apontou um recuo de R$ 13,10/@ ao longo do mês de maio. Ainda segundo a instituição, os valores negociados em dólar, encerram mais uma semana cotados a US$ 66,65/@. Confira o gráfico abaixo!

Escalas de abate, segundo o relatório da Agrifatto

“Em uma semana marcada pelas suspensões de quatro frigoríficos às exportações para a China (2 em São Paulo, 1 no Mato Grosso e 1 em Goiás), as escalas encerram a semana com uma média nacional de 11 dias úteis:

  • Em São Paulo, as indústrias fecharam a sexta-feira com 12 dias úteis programados, sem mudanças frente ao que foi visto na semana passada.
  • No Pará, as escalas de abate se encontram na média de 18 dias úteis, 5 dias de alta no comparativo semanal.
  • Em Goiás, os frigoríficos conseguiram alongar as suas programações de abate, que se encontram na média de 11 dias úteis, avanço de 1 dia ante a semana passada.
  • As indústrias mineiras, sul-mato-grossenses, tocantinenses e rondonienses encerraram a semana com as escalas na média de 9 dias úteis. As programações recuaram 1 dia em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, enquanto em Rondônia e Tocantins avançaram 2 dias e 1 dia, respectivamente, no comparativo entre as semanas.
  • Em Mato Grosso as escalas continuam próximas dos 8 dias úteis, sem variação ante ao registrado na sexta-feira passada.

Na avaliação da IHS, porém, a partir da terceira semana de junho, talvez já seja possível observar um período de reequilíbrio na cadeia produtora, estimulado pela suposta escassez de oferta de lotes de animais gordos, o que pode resultar em maior estabilidade nos preços da arroba, com chance até para seguir a trajetória de alta típica do período de entressafra.

Ainda assim, observam os analistas, deve-se destacar que o comportamento da demanda chinesa será determinante na formação dos preços da arroba do boi gordo no mercado doméstico.

Nesta semana, ainda sem prestar esclarecimentos aos exportadores, a China suspendeu a importação de unidades brasileiras de abate, controladas pela JBS e a Marfrig, os dois maiores frigoríficos do País.

Tais notícias, reforçam os analistas, repercutiram de forma bastante negativa em todo mercado pecuário, intensificado os movimentos de baixa da arroba.

“A oferta de animais segue em bom nível neste momento. O pecuarista não se depara com boas condições de retenção, consequência do amplo desgaste das pastagens. Além disso, a movimentação da China optando por realizar embargos a determinadas unidades frigoríficas segue gerando ruídos regionais, moldando o comportamento dos frigoríficos exportadores na compra de gado”, disse Iglesias, da Agência Safras.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 307.
  • A arroba em Dourados (MS) e Cuiabá (MT) foi indicada em R$ 277.
  • Já em Uberaba (MG), a cotação foi de R$ 280 por arroba.
  • Em Goiânia (GO) a indicação foi de R$ 270 para a arroba do boi gordo.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina caíram. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por continuidade deste movimento no curto prazo, mesmo com a entrada dos salários na economia parece haver pouco espaço para reação dos preços. O padrão de consumo delimitado para 2022 ainda indica para amplo consumo de proteínas mais acessíveis no mercado doméstico.

O quarto traseiro do boi foi precificado a R$ 22,80 por quilo. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 15,80 por quilo, queda de R$ 0,20. A ponta de agulha foi precificada a R$ 15,50, por quilo, queda de R$ 0,20.

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