
Associação de fertilizantes nitrogenados da China pede suspensão das exportações. O país é o maior produtor mundial de ureia e responde por um terço dos suprimentos globais do fertilizante à base de nitrogênio
A Associação da Indústria de Fertilizantes Nitrogenados da China pediu às empresas associadas, nesta sexta-feira, 17, que priorizem os suprimentos para uso doméstico e retirem os pedidos de exportação que ainda não foram aprovados, depois que os preços da ureia atingiram o maior valor em dois anos no país.
Em um comunicado na sexta-feira, a entidade também disse que as empresas deveriam retirar os suprimentos que foram enviados aos portos. A China é o maior produtor mundial de ureia e responde por cerca de um terço dos suprimentos globais do fertilizante à base de nitrogênio, que é essencial para o cultivo.
Essa não é a primeira vez que a China, um grande produtor de fertilizantes, já restringiu as exportações e ordenou uma investigação sobre oferta e preços. O Brasil, atualmente, é o maior importador destes insumos, essas barreiras acabam deixando ainda mais tenso o mercado dos fertilizantes.
A medida da China para limitar as exportações de fertilizantes será sentida no mundo todo, pois o país é um fornecedor importante de ureia, sulfato e fosfato, respondendo por cerca de 30% do comércio global. Crise já afeta as ofertas de fertilizantes dentro do país asiático.

Contratos futuros da ureia na China
Os futuros da ureia na Bolsa de Mercadorias de Zhengzhou, na China, dispararam desde o final de maio, inicialmente impulsionados pela forte demanda da Índia.
O preço subiu ainda mais nas últimas semanas, apesar dos esforços para reduzir as exportações desde setembro, já que os revendedores estocam fertilizantes antes da importante temporada de plantio da primavera.
O contrato de janeiro da ureia foi negociado a 2.316 iuanes (R$ 1.569,35) por tonelada em 17 de novembro, próximo ao pico de dois anos atingido na semana anterior.
A associação também pediu aos membros que limitassem os preços dos fertilizantes a níveis não superiores aos preços de 16 de novembro e que mantivessem a produção em sua capacidade total.
As restrições à exportação de ureia também foram recentemente reforçadas, com o tempo de aprovação dos certificados de inspeção de exportação estendido para 60 dias úteis em relação aos 30 dias úteis anteriores, afirma Gavin Ju, principal analista de fertilizantes do CRU Group.
É provável que nenhum novo pedido de exportação seja aprovado até o final deste ano, acrescentou.
A IPL (Indian Potash Limited) lançou uma licitação de ureia em 20 de outubro e espera-se que a China forneça de 7 a 8 navios ou cerca de 350 mil toneladas a 400 mil toneladas, diz Ju.
A IPL não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Com informações da Reuters
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