
Número de cabeças que foram para os frigoríficos saltou de 1,8 milhão em 2016 para 2,3 milhões no ano passado. Boi magro está se valorizando.
A criação de gado no Brasil é bem especializada: tem criador que só lida com bezerro. Outros cuidam do animal jovem, o chamado boi magro. E tem quem faça a parte final da engorda, até o boi chegar ao ponto de abate.
Em Mato Grosso, o maior volume de abates de fêmeas dos últimos três anos tem feito crescer a procura pelo gado de reposição.
Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em 2016, 1,8 milhão de cabeças foram para os frigoríficos. Em 2018, o abate de fêmeas saltou para 2,3 milhões.
Com menos matrizes no pasto, a oferta de bezerros também diminui. “Em 2018 nós fechamos com recorde de 10% dos animais abatidos. Mais de 10% foram novilhas, ou seja, animais que iriam repor as matrizes também estão sendo abatidos”, diz Faber Monteiro Carneiro, consultor de pecuária.
- Produtor evita prejuízo com reestruturação de dívida: “7 anos de prazo, 1 ano de fôlego!”
- Conheça a maior inteligência artificial do agro que agora chega à pecuária
- Bill Gates investe em manteiga feita de carbono
- Zootecnista assume a Secretaria Nacional de Aquicultura
- Frente fria pode pôr fim ao ‘veranico’; confira a previsão para o fim de semana
Em Barra do Bugres, o pecuarista Primo Menegalli, que trabalha somente com a terminação, precisa repor os animais na engorda. Nos últimos meses, ele pagou mais caro por isso.
“(Por um gado de) 18 meses, 20 meses o ano passado, eu pagava R$ 1.700 e, este ano, são R$ 2.000”, diz.
Fonte: Globo Rural