O furacão Melissa, que nesta terça-feira (28) chegou à categoria 5, o nível mais elevado da escala Saffir-Simpson, segue avançando em direção à Jamaica com ventos superiores a 295 km/h
Especialistas descrevem o fenômeno como um dos mais poderosos já registrados no Caribe, responsável por três mortes confirmadas e centenas de pessoas desabrigadas, segundo relatos da imprensa local.
Em resposta à situação, o governo jamaicano declarou estado de emergência, ordenou a fechamento de portos e aeroportos e determinou a evacuação de áreas costeiras. “Não se pode subestimar o Melissa”, alertou Desmond McKenzie, ministro do Governo Local, destacando a força destrutiva da tempestade.
Pressão recorde e ventos devastadores
Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), o olho do furacão estava localizado a apenas 60 km da Jamaica e a aproximadamente 380 km de Cuba. A pressão central chegou a 892 hPa, colocando Melissa entre os três furacões mais intensos já observados na bacia do Atlântico Norte.
Chuvas intensas e riscos de destruição
As previsões indicam 500 a 750 mm de chuva na Jamaica em apenas 48 horas — um volume próximo ao registrado em São Sebastião (SP) em 2023, quando 680 mm caíram em apenas 24 horas. O NHC alerta para enchentes, deslizamentos de terra e destruição generalizada, especialmente em países do Caribe com infraestrutura vulnerável, como Cuba, Haiti e República Dominicana.
Impactos indiretos no norte da América do Sul
Embora o efeito direto de Melissa se concentre no Caribe, seu avanço também pode alterar o clima em partes da América do Sul. De acordo com a Climatempo, o aquecimento anômalo do Atlântico Tropical, combinado com o fenômeno La Niña no Pacífico, gera instabilidades atmosféricas que afetam Colômbia, Venezuela e Norte do Brasil.
Essas condições reforçam a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), responsável por regular as chuvas na Amazônia, Amapá, Roraima e Pará. Como consequência, espera-se chuvas mais frequentes e intensas, além de ventos fortes e ressacas ao longo do litoral norte brasileiro, especialmente próximo à foz do Amazonas.
“Enquanto o Caribe enfrenta a força direta do furacão, o norte da América do Sul lida com reflexos indiretos, aumento das tempestades e maior umidade na região amazônica”, explica a equipe da Climatempo.
Monitoramento e previsões estratégicas
Com a passagem de Melissa sobre águas excepcionalmente quentes, a Climatempo mantém monitoramento constante via satélite e utiliza modelos de alta resolução para prever impactos climáticos na região. O objetivo é antecipar riscos e orientar setores estratégicos como energia, transporte, agricultura e infraestrutura no Brasil e países vizinhos.
Para produtores rurais, entender essas mudanças é essencial. Um e-book exclusivo oferece orientações práticas, com base em previsões confiáveis, para proteger lavouras, planejar atividades e maximizar resultados diante de condições climáticas adversas.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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