Avicultura comemora conquistas que garantem segurança no mercado

“A avicultura em MS caminha para mais alta profissionalização e atividade é promissora”, diz economista da Famasul

Profissionalização. Esta é a palavra que representa a avicultura em Mato Grosso do Sul que tem alçado voos. Dentre os motivos da consolidação da atividade, destacam-se: o alto nível tecnológico e a modernização das propriedades rurais. Nesta segunda-feira, 28 de agosto, é comemorado o Dia da Avicultura.

Sobre a data, o setor tem a comemorar conquistas significativas. O cenário atual vai ao encontro do aumento da produção, incentivado pela expansão industrial no estado graças à agricultura, que fornece alimento das aves, otimizando os custos de produção, além do clima favorável.

“Temos também a distribuição geográfica e a extensão das áreas, o que permite boa distância entre os aviários, fato que ajuda garantir um excelente status sanitário ao Mato Grosso do Sul”, afirma a gestora do Departamento de Economia do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, Adriana Mascarenhas.

O Sistema Famasul, em conjunto com a Associação dos Avicultores Integrados de MS – Avimasul, tem discutido ações para garantir biossegurança da atividade em Mato Grosso do Sul.

A IN nº 8 – Instrução Normativa, publicada pelo Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, detalha as regras de adequações sanitárias que devem ser cumpridas pelas granjas com atividade comercial, entre elas, o registro de credenciamento junto ao órgão estadual, no caso, a Iagro – Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal.

“A partir de fevereiro de 2018 as granjas que não estiverem com registros alinhados à legislação sanitária, não poderão mais abater. Estamos desenvolvendo ações para que os produtores com margens estreitas sejam beneficiados com incentivos fiscais para terem condições de se adequar à normativa. Com o Proape/MS, por exemplo, Programa do Governo do Estado, que tem a finalidade de promover o desenvolvimento da pecuária sul-mato-grossense, o produtor terá receita para conseguir investimentos para atender a legislação”, reforça Adriana.

Outro ponto que favorece a atividade avícola no estado, bem como em todo o país, é a aprovação da Lei de Integração, que regulamenta os contratos de integração, obrigações e responsabilidades nas relações contratuais entre produtores integrados e integradoras, e que trará maior transparência na relação entre os envolvidos.

A aprovação da Lei foi um marco para o sistema integrado de produção e contribui para o desenvolvimento sustentável desta importante cadeia produtiva. “É um grande avanço que estabelece diretrizes e responsabilidades nas relações contratuais e garante a profissionalização do setor com organizações mais fortalecidas, como as associações e as Comissões de Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração – CADEC. Vemos aí um cenário promissor”, diz.

A comercialização internacional da produção está aquecida. O mercado externo consome em média 41,7% da carne de frango produzida no Mato Grosso do Sul. De acordo com o Boletim Econômico da Famasul, as exportações da carne de frango in natura por Mato Grosso do Sul, no mês julho de 2017, totalizaram 17 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 30,4 milhões.

O volume exportado foi 64,1% superior às 10,4 mil toneladas registradas em igual período de 2016 e a receita apresentou alta de 68,6% frente aos US$ 18 milhões.

Em julho na composição da receita com as exportações da carne de frango sul-mato-grossense o Japão respondeu por 17,58% do total, se consolidando como o maior comprador do produto. A Arábia Saudita ocupou a segunda posição com 15,94% do faturamento. E a Rússia, ficou em terceiro lugar com 13,83%.

No acumulado de 2017 (jan-jul) o faturamento com as vendas para o mercado externo superou US$ 187 milhões, representando um incremento de 22,9% em relação ao mesmo período de 2016.

“Esse crescimento deve-se a vários fatores, entre eles, preço mais baixo que as carnes concorrentes e pela mudança de seus hábitos alimentares motivado pela percepção de ser uma carne mais saudável”, aponta a economista.

Fonte: MNP – Movimento Nacional de Produtores

 

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