
De acordo com a análise preliminar, a catástrofe climática que assolou o RS causou prejuízo de R$ 182,9 mi na avicultura; Danos afetam produtores e indústrias avícolas no estado, com perda de aves e estruturas e impacto na cadeia produtiva
A avicultura no Rio Grande do Sul publicou dados iniciais sobre os prejuízos sofridos pelo setor devido à recente catástrofe climática que atingiu o estado desde o final de abril. As informações, coletadas entre 5 e 20 de maio, mostram um cenário devastador para os produtores e indústrias, com perdas totais estimadas em R$ 182,9 milhões.
Os dados foram levantados pela Organização Avícola do Rio Grande do Sul (O.A.RS), juntamente com suas entidades Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas no estado (Sipargs), apontam para perdas substanciais tanto em aves de corte, quanto em aves poedeiras, além de impactos severos na área de genética e ovos férteis.
As entidades, divulgaram dados preliminares dos prejuízos contabilizados na avicultura gaúcha em decorrência da catástrofe climática.
Após uma série de análises e avaliações, o diagnóstico inicial identificou as seguintes perdas:
- Perdas de Aves e Corte: Quantidade: 279 mil aves Valor: R$ 2,8 milhões
- Perdas de Aves Poedeiras: Quantidade: 150 mil aves Valor: R$ 3,6 milhões
- Perdas de Aves/Genética/Ovos Férteis: 644 mil pintos de corte, 722.530 ovos férteis,120.210 matrizes, 2.800 avós, 300 mil pintos de corte caipira e 100 mil pintos de postura caipira, 258.863 produção de ovos, 266.892 eclosão de pintos: R$ 13.612.488,80
- Subtotal Prejuízos R$: 61.489.822,90
Prejuízo nas Estruturas:
- Perda parcial: R$ 599 mil
- Perda total: R$ 4,4 milhões
- Outros Prejuízos: R$ 116,4 milhões
- Prejuízo Total Estimado: R$ 182,9 milhões (até 20/05/2024)
Informações gerais
Aves/Genética
Os valores apurados acima são resultantes das perdas de aves de cortes, aves poedeiras e genética (pintos de corte/postura/ovos férteis), tendo como fonte de informações empresas e produtores atingidos com os eventos meteorológicos.
Danos em estruturas
No que se refere às estruturas, informações de perdas parciais e totais tomam como base os danos e perdas de aproximadamente 20 aviários, fábricas de rações inundadas. Também, indústrias de processamento de alimentos com destruição de maquinário e equipamentos, Quatro frigoríficos com atividades paralisadas, equipamentos e motores danificados, rede elétrica, tubulações, geradores e caixas d’água. Equipamentos de aviários destruídos, comedouros, bebedouros e ninhos prejudicados aumentando prejuízos de produtores.
Outros Prejuízos
Prejuízos de liquidez: inadimplência dos clientes atingidos diretamente pelas enchentes (minimercados, mercados e supermercados) que perderam todo o estoque e sem capacidade operacional não conseguirão pagar as dívidas de curto prazo. Faturamento das indústrias sofrerá impacto.
Perdas de veículos, caminhões, estoques de embalagens, estoques de ração. Outra situação que gera prejuízos para indústrias e produtores afetados são os resultados zootécnicos no frango de corte (aumento de conversão alimentar e mortalidade). As considerações finais indicam que esta apuração parcial traz um cenário de prejuízos para produtores, cooperativas e indústrias que sofreram até o momento.
“Ainda estão em fase de avaliação o levantamento dos prejuízos de algumas indústrias e produtores que deverão ser atualizadas com a maior brevidade possível seguida de divulgação para complementar as informações gerais de destruição” afirma a nota divulgada pela OARS.
Apoio emergencial
As entidades enfatizam a necessidade urgente de atenção das autoridades governamentais, bancos e instituições financeiras. De acordo com a Oars, os produtores e indústrias afetados precisam de recursos emergenciais rápidos e sem burocracias excessivas para evitar a inviabilização de atividades rurais, empregos e a produção de alimentos.
A Oars continua a avaliar os danos, esperando atualizações rápidas e completas para fornecer um panorama final e buscar o suporte necessário para recuperação do setor.
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