Boi gordo abre a semana embarcado no viés de alta; veja os preços da arroba pelo país

Exportações aquecidas e oferta restrita sustentam valorização dos preços do boi gordo no mercado pecuário; veja como estão os valores da arroba pelo país

O mercado físico do boi gordo iniciou a semana mantendo o cenário de estabilidade com tendência de alta. Em várias regiões do país, frigoríficos tentaram testar valores mais baixos, mas sem sucesso, evidenciando que a escassez de oferta e a firmeza das exportações seguem como fatores determinantes para os preços da arroba.

Segundo a consultoria Safras & Mercado, estados como São Paulo e Minas Gerais registraram movimentos de tentativa de pressão sobre os preços, mas sem adesão dos pecuaristas. Já no Centro-Norte, a realidade é de negócios firmes, inclusive com ajustes positivos em algumas negociações.

De acordo com a Agrifatto, em 7 das 17 praças monitoradas houve alta no dia 18/8, incluindo Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Rondônia e Tocantins.

Os preços médios do boi gordo por estado, conforme dados de mercado, ficaram assim:

  • São Paulo: R$ 311,25/@ (sexta: R$ 314)
  • Goiás: R$ 299,82/@ (sexta: R$ 300,54)
  • Minas Gerais: R$ 298,53/@ (sexta: R$ 299,41)
  • Mato Grosso do Sul: R$ 318,98/@ (sexta: R$ 319,43)
  • Mato Grosso: R$ 308,38/@ (sexta: R$ 308,99)

Já a Agrifatto apurou que o “boi comum” está cotado a R$ 315/@ em São Paulo, enquanto o “boi-China” alcança R$ 320/@. A média nacional nas demais regiões subiu para R$ 294,45/@.

Exportações em ritmo acelerado

Do lado da demanda, o mercado externo continua sendo o grande sustentáculo da pecuária brasileira. Nos primeiros 11 dias úteis de agosto, as exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada somaram US$ 764,3 milhões, com média diária de US$ 69,49 milhões, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Foram embarcadas 135,7 mil toneladas, volume que representa crescimento de 24,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O preço médio da tonelada exportada ficou em US$ 5.629,40, alta de 26,9%.

A Agrifatto avalia que há chances reais de o Brasil bater recordes em volume e receita neste mês de agosto, reforçando o viés positivo para os preços internos.

Atacado e concorrência com outras proteínas

No atacado, a carne bovina abriu a semana em ritmo de acomodação, com preços estáveis e pouco espaço para novos reajustes, cenário típico da segunda quinzena do mês. Os valores seguem em:

  • Traseiro: R$ 23,30/kg
  • Dianteiro: R$ 18,00/kg
  • Ponta de agulha: R$ 17,20/kg

Mesmo assim, a carne de frango mantém maior competitividade, pressionando a capacidade de repasse de preços ao consumidor final.

Mercado futuro: cautela em meio à firmeza do físico do boi gordo

Apesar da boa performance do mercado físico do boi gordo , s contratos futuros da arroba na B3 encerraram a última semana em queda. O vencimento de agosto/25 está cotado a R$ 311,40/@ (-1,14%), enquanto setembro fechou a R$ 317,70/@ (-2,25%) e outubro a R$ 324,40/@ (-2,87%). Mesmo assim, o contrato de agosto segue operando com um ágio de R$ 5,35/@ em relação ao preço físico.

Balanço semanal

Na semana anterior, o Indicador Cepea (São Paulo, à vista) registrou alta de 1,73%, fechando a R$ 308,28/@, enquanto o Datagro apontou média de R$ 308,63/@, valorização do boi gordo de 1,45% no acumulado.

O cenário, portanto, combina oferta restrita, exportações aquecidas e preços em alta, ainda que o mercado siga cauteloso com os ajustes no atacado e no futuro. O viés de valorização segue prevalecendo.

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