Mercado do boi gordo: alta da arroba pode retomar esse mês

O mercado físico do boi gordo ficou com preços estáveis nesta terça-feira, dia 3

Segundo a consultoria Safras & Mercado, os frigoríficos têm adotado uma postura comedida no decorrer da semana. Há pouca oferta, porém a demanda em ritmo lento não gera maior intensificação de compras por parte das indústrias. Diante disso há um certo equilíbrio nas cotações.

A expectativa é que com a entrada de salários da população neste início do mês e o feriado prolongado na próxima semana, o consumo aumente, conferindo sustentação ao mercado nesse período.

No mercado atacadista os preços também permaneceram estáveis. A reposição entre atacado e varejo permanece lenta, mas com expectativa de volumes de negócios mais significativos nos próximos dias.

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial teve mais uma queda na terça-feira, após o anúncio de uma nova emissão de títulos de dívida no mercado externo por parte do Tesouro Nacional, que levou a um forte fluxo de entrada da moeda norte-americana no Brasil.

No cenário externo o dia foi ameno e abriu espaço para o movimento do dólar que terminou negociado a R$ 3,148, com queda de 0,22%.

O Ibovespa encerrou com expressiva alta de 3,23%, aos 76.762 pontos. O volume negociado foi de R$ 10,748 bilhões.

Soja

A soja na Bolsa de Chicago (CBOT) fechou em queda. Em um dia volátil, o mercado sentiu o impacto da perspectiva de uma ampla oferta mundial do produto, com a colheita avançando nos Estados Unidos e o plantio tendo início no Brasil.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que até o dia 1° de outubro, a área colhida estava em 22%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 24%. A média é de 26%. Na semana anterior, o número estava em 10%.

Junto a isto, a moeda norte-americana recuou pela quarta sessão consecutiva, ajudando a diminuir a atratividade dos preços e travando as negociações.

O cenário pouco propositivo aos negócios no mercado brasileiro de soja se estendeu nesta terça-feira. Os preços oscilaram entre estáveis e mais baixos e praticamente não houve negócios nas principais praças do país. Junto a isto, a moeda norte-americana recuou pela quarta sessão consecutiva, ajudando a diminuir a atratividade dos preços e travando as vendas.

Milho

A Bolsa de Mercadorias de Chicago para o milho registrou preços mais baixos. Ainda que a colheita esteja em um ritmo mais lento nos Estados Unidos, o cereal foi pressionado pelo avanço da oferta nos país americano.

Segundo o USDA, até o dia 1° de outubro, a área colhida estava em 17%. Em igual período do ano passado o número era de 23%. A média para os últimos cinco anos é de 26%. Na semana passada, o número estava em 11%.

Agora os analistas americanos começam a apontar dados de produtividade mais próximos aos indicados pelo Departamento de Agricultura dos EUA, o que parece sugerir que a entidade estava certa. Há sinais novamente de problemas com armazéns e transporte com a entrada de mais uma grande safra país e isto poderá pressionar o mercado além do normal com o avanço da colheita. Já na América do Sul, o clima promete trazer muitas emoções.

No Brasil, a terça-feira foi de preços firmes, apesar da melhoria das condições de plantio com o retorno das chuvas às regiões produtoras.

Fonte Canal Rural

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