Boi gordo cai para R$ 233,05/@ no mercado futuro; Veja o cenário pelo Brasil

O indicador CEPEA/B3 do boi gordo registrou leve queda de 0,04% nesta quarta-feira (08/05/2024), ficando em R$ 233,05 por arroba. Convertendo para dólares, o valor ficou em US$ 45,75. Este indicador é um importante referencial para acompanhar a evolução dos preços do boi gordo no mercado brasileiro; confira as cotações

Nesta quarta-feira, o mercado físico do boi gordo voltou a apresentar queda nos preços, com a oferta avançando em meio à escassez de chuvas no Centro-Oeste e no Sudeste brasileiro. A situação é agravada pelo cenário de altas temperaturas, que causa desgaste nas pastagens e reduz sua capacidade de retenção.

O analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, explica: “Com um grande volume de oferta, as escalas começam a avançar e os preços da arroba do boi gordo começam a ceder“.

Os preços do boi gordo foram registrados em diversas regiões:

  • São Paulo, capital: R$ 229 por arroba
  • Goiânia, Goiás: R$ 216 por arroba
  • Uberaba (MG): R$ 225 por arroba
  • Dourados (MS): R$ 221 por arroba
  • Cuiabá: R$ 213 por arroba

Com as temperaturas mais amenas e o tempo mais seco, as pastagens vão perdendo força, o que leva os pecuaristas a ajustar a taxa de lotação das fazendas, vendendo gradualmente os lotes de boiadas gordas. Segundo a Scot Consultoria, os preços dos animais terminados mantiveram-se estáveis nesta quarta-feira, com o boi-China, baseado em São Paulo, está valendo R$ 235 por arroba, com ágio de R$ 3 sobre o preço do animal macho comum.

O indicador CEPEA/B3 do boi gordo registrou leve queda de 0,04% nesta quarta-feira (08/05/2024), ficando em R$ 233,05 por arroba. Em relação ao mês anterior, houve uma variação positiva de 1,61%. Convertendo para dólares, o valor ficou em US$ 45,75. Este indicador é um importante referencial para acompanhar a evolução dos preços do boi gordo no mercado brasileiro, influenciando as decisões tanto dos produtores quanto dos compradores.

Atacado

No mercado atacadista, os preços continuam em alta, confirmando a tendência prevista para o período. Além da entrada dos salários na economia, há o aumento do consumo devido ao Dia das Mães. Segundo Iglesias, essa data comemorativa é o segundo melhor ponto de consumo no ano.

Os preços no atacado foram os seguintes:

  • Quarto traseiro: R$ 17,50 por quilo (alta de R$ 0,20)
  • Quarto dianteiro: R$ 13,90 por quilo
  • Ponta de agulha: R$ 13,00 por quilo (alta de R$ 0,20)

Impacto para os produtores

O atual cenário de queda nos preços do boi gordo, motivado pelo aumento da oferta e pelo clima desfavorável, tem impactos significativos para os produtores. Com a redução dos preços, os pecuaristas enfrentam uma diminuição na rentabilidade de suas operações, especialmente aqueles que dependem da venda de animais terminados.

Além disso, a necessidade de ajustar a taxa de lotação das fazendas devido à escassez de pastagens e o desgaste provocado pelo clima seco pode resultar em maiores custos de produção, seja com alimentação suplementar ou com a busca por pastagens alternativas. Esses desafios colocam os produtores sob pressão, exigindo estratégias eficientes de gestão para manter a viabilidade econômica de suas atividades.

Medidas que podem ajudar

Diante do cenário desafiador, os produtores podem adotar diversas medidas para lidar com a queda nos preços do boi gordo e os desafios climáticos:

Diversificação da produção: Investir em outras atividades agrícolas, como a produção de grãos ou a criação de gado de outras categorias, como recria ou engorda de animais jovens, para reduzir a dependência exclusiva da venda de boi gordo.

Melhoria da eficiência produtiva: Implementar técnicas de manejo mais eficientes, como o uso de sistemas de pastejo rotacionado e a adoção de técnicas de adubação para melhorar a qualidade das pastagens e aumentar a produtividade por hectare.

Busca por mercados alternativos: Explorar novos mercados, como a venda direta ao consumidor, a exportação de carne para mercados internacionais ou a negociação de contratos futuros para minimizar os efeitos das oscilações de preços no mercado físico.

Redução de custos: Identificar e eliminar desperdícios, renegociar contratos de insumos e buscar alternativas mais econômicas para alimentação dos animais, além de reduzir os custos operacionais gerais da propriedade.

Investimento em tecnologia: Adotar tecnologias modernas, como sistemas de monitoramento do gado, rastreabilidade e gestão informatizada da propriedade, para aumentar a eficiência e reduzir os riscos operacionais.

Planejamento financeiro: Elaborar um planejamento financeiro detalhado, com previsão de fluxo de caixa e análise de custo-benefício para todas as operações, permitindo uma melhor gestão dos recursos disponíveis e uma tomada de decisão mais assertiva.

Diversificação de fontes de renda: Buscar outras fontes de renda na propriedade, como o ecoturismo, a produção de energia renovável ou a prestação de serviços agrícolas para terceiros, de forma a aumentar a estabilidade financeira da atividade rural.

Implementar essas medidas pode ajudar os produtores a enfrentar os desafios atuais, tornando suas operações mais resilientes e preparadas para lidar com futuras adversidades.

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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