
Para muitos pecuaristas “o mercado não está em alta, mas sim voltando ao normal“; Os preços da arroba que seguem testando preços mais altos a cada dia, segue trazendo melhores margens dentro da porteira. E por ai, qual o valor na sua região?
O mercado físico do boi gordo continua a registrar elevações expressivas nos preços. Esse movimento de valorização é impulsionado por um cenário de exportações em alta e pela forte demanda internacional por carne bovina brasileira. Além disso, é preciso destacar a grande dificuldade que as indústrias possuem em conseguir ajustar suas escalas de abate que, neste momento, seguem em um dos menores níveis do ano.
Nesta terça-feira (22/10), o preço da arroba do boi gordo em algumas regiões, como é o caso das praças paulistas, já alcançou R$ 320,00/@, refletindo o aquecimento das negociações, conforme aponta a consultoria Agrifatto. Os preços que seguem testando preços mais altos a cada dia, segue trazendo melhores margens dentro da porteira. E por ai, qual o valor na sua região?
Aumento expressivo nas praças principais
No Centro-Norte do país, a alta dos preços tem sido mais acentuada, com o valor da arroba do boi girando em torno de R$ 300,00 em diversos estados, conforme dados da Safras & Mercado. São Paulo, tradicionalmente referência para o mercado nacional, já registra negociações envolvendo boiadas gordas a R$ 320,00/@, na modalidade de peso vivo e com 56% de rendimento.
Entretanto, a consultoria Agrifatto ressalta que o valor de R$ 320/@ ainda não se consolidou como referência, sendo observado em negócios pontuais. Para o “boi-China”, padrão de exportação, o valor da arroba está em torno de R$ 310/@, o que aproxima o preço ao do “boi comum”, indicando uma redução no diferencial de preços entre os dois tipos de animal.
Giro do boi gordo pelas principais praças pecuárias do país:
- São Paulo: R$ 312,00/@
- Goiás: R$ 307,00/@
- Minas Gerais: R$ 309,00/@
- Mato Grosso do Sul: R$ 308,00/@
- Mato Grosso: R$ 298,00/@
Exportações em ritmo acelerado
O Brasil caminha para um recorde histórico nas exportações de carne bovina. Até a terceira semana de outubro de 2024, o país já havia embarcado 176,40 mil toneladas, uma média diária de 14,95 mil toneladas. A previsão da Agrifatto é que o volume total exportado em outubro alcance 265 mil toneladas, o que representaria um aumento de 42,23% em comparação ao mesmo período de 2023.
Esse crescimento é um reflexo direto da demanda internacional crescente, especialmente de países asiáticos, que continuam a impulsionar os embarques. O fortalecimento do dólar também tem favorecido as exportações, tornando o produto brasileiro mais competitivo no mercado externo.
Pressão sobre as escalas de abate
Com o aumento da demanda e as exportações aquecidas, os frigoríficos têm enfrentado dificuldades para ajustar suas escalas de abate. A média nacional tem ficado em torno de cinco abates por dia, o que gera uma oferta limitada de carne no mercado interno e contribui para a elevação dos preços no atacado.
Em São Paulo, as escalas de abate têm se mantido em torno de sete dias, enquanto em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, as programações são ainda mais apertadas, com abates programados para apenas cinco dias.
Impacto no mercado futuro
No mercado futuro, os contratos de boi gordo também registraram valorização. O contrato com vencimento em dezembro de 2024 apresentou o maior ajuste positivo, fechando o dia a R$ 303,80/@, uma alta de 1,23% em relação ao pregão anterior. Para outubro, o valor da arroba atingiu R$ 309,70, refletindo o otimismo do mercado diante das exportações robustas e da demanda crescente.
Alta das fêmeas e demais proteínas
O mercado de fêmeas também registrou elevações. A vaca gorda teve alta de R$ 3/@ em São Paulo, sendo negociada a R$ 280/@. Já a novilha foi cotada a R$ 302/@, uma valorização de R$ 2/@ no mesmo período. Segundo a Scot Consultoria, o mercado ainda pode ver uma maior competitividade de outras proteínas, como a carne de frango, frente aos preços elevados da carne bovina.
Com o mercado físico e futuro do boi gordo aquecidos e as exportações batendo recordes, o cenário é de otimismo para os produtores brasileiros. No entanto, a pressão sobre as escalas de abate e o encurtamento dos estoques no atacado indicam que os preços podem continuar subindo no curto prazo. As exportações seguem como o principal motor dessas valorizações, com destaque para a crescente demanda do mercado asiático.
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