Em mais um movimento de pressão positiva a quarta-feira é celebrada pelo quarto dia útil consecutivo de valorizações no mercado do boi gordo; Destaque ficou para a praça paulista que rompeu os R$ 250/@
O mercado físico do boi gordo segue aquecido, com elevações nos preços em várias regiões do Brasil, como destacado pelas principais consultorias que acompanham o mercado diariamente. São Paulo é o grande destaque da semana, atingindo o patamar de R$ 252 por arroba, consolidando-se como referência no setor. Outros estados também registraram alta, como Mato Grosso do Sul, onde a arroba chegou a R$ 250,25, e Minas Gerais, com R$ 234,76.
Esse movimento de valorização está diretamente ligado à oferta restrita de boiadas e ao aumento da demanda por carne bovina, tanto no mercado interno quanto externo. De acordo com a Agrifatto, o desequilíbrio entre a oferta e a demanda tem provocado essa alta, com São Paulo abrindo o dia oferecendo R$ 5/@ a mais para o boi-China e o boi gordo comum.
“Esse desequilíbrio tem levado a um movimento de valorização da arroba em todos os Estados brasileiros”, destaca a Agrifatto, completando ainda que: “Com o menor nível de aquisições desde fevereiro/24, apenas frigoríficos portadores de contratos a termo conseguem manter as suas escalas em uma situação um pouco mais confortável”, informa a Agrifatto.
“Semana movimentada em São Paulo”, relata a Scot Consultoria. Mesmo em estados com contratos a termo, como Goiás e Mato Grosso, a valorização da arroba tem sido consistente. A Scot confirmou o movimento de alta em São Paulo, com a quarta-feira (4/9) marcando o quarto dia consecutivo de valorização nos preços.
As escalas de abate, que hoje giram em torno de 7-8 dias, refletem a escassez de animais terminados, contribuindo para a manutenção da pressão altista no curto prazo. Para as fêmeas gordas, a alta desta quarta-feira foi de R$ 3/@, alcançando R$ 220/@ (vaca) e R$ 235/@ (novilha), de acordo com a Scot.
O atual cenário do boi gordo aponta para um mercado em alta, com restrição na oferta e forte demanda sustentando os preços em todas as regiões monitoradas, disse o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Esse cenário tem sido impulsionado pelas exportações, que continuam fortes, especialmente para mercados como o chinês, onde o “boi-China” tem mantido seu ágio de R$ 5/@ em relação ao boi comum. Segundo dados da Scot, apenas nos primeiros dias de setembro, os avanços chegaram a 2,1% para o boi gordo e 2,2% para a novilha.
Preço médio do boi gordo em regiões importantes para a pecuária
- São Paulo: R$ 252,00/@
- Goiás: R$ 239,36/@
- Minas Gerais: R$ 234,76/@
- Mato Grosso do Sul: R$ 250,25/@
- Mato Grosso: R$ 218,72/@
Para o Cepea, desde julho, o mercado brasileiro de boi gordo apresenta tendência de alta, e, neste começo de setembro, alguns negócios já vêm sendo realizados na marca de R$ 250/@ no estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, o clima está bastante seco e a oferta de animais criados a pasto, cada vez mais escassa. As escalas devem ser supridas pelos animais de confinamentos.
O atual cenário do boi gordo aponta para um mercado em alta, com restrição na oferta e forte demanda sustentando os preços em todas as regiões monitoradas.
Por fim, segundo a Agrifatto, o mercado futuro também reflete esse otimismo, com o contrato do boi gordo para novembro/24 sendo negociado a R$ 257,70/@, indicando uma valorização de 0,78% em comparação ao dia anterior. A expectativa é de que esse movimento continue, especialmente com a proximidade do final do ano, quando o consumo de carne bovina costuma aumentar ainda mais.
Na via das exportações, segundo o Cepea, as perspectivas também são favoráveis, tanto pelos preços competitivos da carne brasileira quanto pelo impacto da produção deficitária dos Estados Unidos desde o ano passado.
Além da oferta limitada, o mercado também se beneficia da boa demanda no atacado, especialmente no início do mês, período em que o consumo costuma ser maior. Conforme destacou o analista Fernando Henrique Iglesias, os preços no mercado atacadista seguem firmes, com o quarto traseiro precificado a R$ 18,40 por quilo e o quarto dianteiro a R$ 14,00.
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