
Na abertura da semana, como esperado, mercado físico do boi gordo mantém trajetória de alta, impulsionado pela demanda externa e restrição de oferta, garantindo ao pecuarista R$ 270/@ para categoria exportação; Confira
O mercado físico do boi gordo continua a registrar preços em elevação, apontaram as principais consultorias que acompanham as praças pecuárias diariamente. Ainda segundo elas, as indústrias enfrentam dificuldades para ampliar suas escalas de abate, que permanecem entre cinco e seis dias úteis, apesar dos aumentos recentes. A expectativa é que, com a entrada de oferta dos confinamentos prevista para outubro, o movimento de alta desacelere.
Contudo, segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, a forte demanda externa continua sendo um fator de pressão no mercado. “A exportação de carne bovina nesta temporada tem sido crucial para a sustentação dos preços”, destaca Iglesias.
Destaque fica mais uma vez para o Mato Grosso do Sul, o mercado de bovinos segue firme, com a arroba do “boi comum” sendo negociada a R$ 265,00, enquanto o “boi China” atinge R$ 270,00, resultando em uma média de R$ 267,50. As fêmeas também apresentam preços sólidos, com a vaca cotada a R$ 240,00 e a novilha a R$ 245,00. As escalas de abate permanecem ajustadas, girando em torno de seis dias úteis, o que reflete a restrição na oferta de animais terminados e a contínua demanda por carne de qualidade.
Frigoríficos em São Paulo elevam ofertas por arroba
Nesta segunda-feira, 23 de setembro, os frigoríficos de São Paulo iniciaram o dia ofertando mais pela arroba do boi gordo. De acordo com a Scot Consultoria, o boi comum subiu R$ 2/@, atingindo R$ 257/@, enquanto o boi-China teve uma valorização de R$ 4/@, chegando a R$ 265/@, com um ágio de R$ 8/@ em relação ao mercado interno. Além disso, a vaca e a novilha gordas também registraram altas de R$ 3/@, com os preços alcançando R$ 235/@ e R$ 250/@, respectivamente.
Segundo a Agrifatto, as escalas de abate seguem apertadas, com uma média crítica de apenas sete dias úteis. “A oferta reduzida e a forte demanda impedem qualquer recuo significativo nos preços, mesmo com as tentativas das indústrias de controlar o movimento de alta”, observa a consultoria.
Giro do boi gordo pelas principais praças pecuárias do país:
- São Paulo: R$ 266,00/@
- Goiás: R$ 258,00/@
- Minas Gerais: R$ 260,00/@
- Mato Grosso do Sul: R$ 269,00/@
- Mato Grosso: R$ 234,00/@
Pressão de demanda externa segue impulsionando mercado futuro
No mercado futuro, aponta a Agrifatto, os contratos de boi gordo também apresentaram valorização. O contrato com vencimento para setembro de 2024 fechou na última sexta-feira cotado a R$ 263,55/@, um aumento de 0,69% em comparação ao dia anterior. A tendência de alta reflete a escassez de oferta e o apetite do mercado externo, que seguem como fatores preponderantes para a elevação dos preços.
Desaceleração no varejo contrasta com alta no atacado
Enquanto o setor de atacado segue em alta, o varejo paulista enfrenta dificuldades para escoar a carne bovina. Segundo a Agrifatto, as vendas no último final de semana foram consideradas fracas, com devoluções parciais por pequenos problemas de qualidade. Mesmo com os pedidos de reposição de estoque abaixo do esperado, todas as mercadorias entregues foram rapidamente descarregadas. O cenário sugere um descompasso entre a alta de preços no atacado e a capacidade de absorção do varejo. “As quatro semanas consecutivas de alta no atacado começam a impactar o consumidor final”, aponta a consultoria.
Apesar desse cenário, a previsão para o abastecimento da primeira semana de outubro é de estabilidade nos preços da carne bovina. As negociações realizadas na última sexta-feira registraram o boi castrado entre R$ 17,70/kg e R$ 17,80/kg no mercado paulista, com expectativa de manutenção dos níveis de preço ao longo das próximas semanas.
Preços da carne seguem firmes no atacado
O mercado atacadista tem visto uma firmeza nos preços, especialmente com a proximidade da primeira quinzena de outubro, tradicionalmente um período de maior consumo. O quarto traseiro chegou a R$ 19,90/kg, registrando um aumento de R$ 0,40. Já o quarto dianteiro e a ponta de agulha seguem cotados a R$ 15,15/kg e R$ 15,00/kg, respectivamente.
Câmbio favorece exportações
O dólar comercial encerrou o dia em alta de 0,26%, cotado a R$ 5,5344 para venda, o que favorece ainda mais as exportações brasileiras de carne bovina. Com o câmbio oscilando entre R$ 5,5271 e R$ 5,5979 ao longo do dia, o setor exportador segue encontrando um cenário favorável, reforçando a competitividade da carne brasileira no mercado internacional.
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