A dinâmica do mercado fo boi gordo está sustentada pelo preenchimento das escalas, em sua maioria ajustadas até o final do ano, concatenado com o escoamento da carne que segue em ritmo lento.
O mercado do boi gordo vive um momento de estagnação nos preços, com o valor de R$ 315/@ sinalizando resistência a novos avanços. O cenário é influenciado pelo clima de fim de ano, caracterizado por uma redução na liquidez do mercado físico e pela acomodação dos preços da carne bovina no atacado.
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os frigoríficos têm atuado de forma comedida nas compras, priorizando o ajuste das escalas de abate para o restante de 2024. A situação aponta para um mercado com dinâmica limitada nas próximas semanas, com a liquidez devendo cair gradativamente em razão das festas de fim de ano e das manutenções programadas pelas indústrias.
O analista Allan Maia destaca que, além da programação de abates, é importante observar a evolução das condições das pastagens e o comportamento do atacado, que atualmente apresenta dificuldades para sustentar novos aumentos. “Além da programação de abates, os agentes devem acompanhar com atenção no decorrer das próximas semanas a evolução da carne no atacado e as condições das pastagens”, disse.
Mercado atacadista: pressão nos preços
Os preços da carne bovina seguem estabilizados no atacado, mas enfrentam desafios para subir. Segundo Maia, o posicionamento das varejistas para as festas de fim de ano e as recentes altas dos preços da carne têm levado os consumidores a migrarem para proteínas mais baratas, como frango.
- Quarto dianteiro: R$ 20,30/kg
- Quarto traseiro: R$ 26,80/kg
- Ponta de agulha: R$ 19,50/kg
Esses valores reforçam a dificuldade de avanços expressivos no curto prazo, enquanto o consumo interno segue limitado.
Dólar e impacto no mercado internacional
O dólar comercial fechou em alta significativa de 2,81%, sendo negociado a R$ 6,27 para venda. Essa valorização da moeda norte-americana eleva os custos de insumos e pode influenciar as negociações internacionais.
No mercado internacional, as exportações para a China permanecem estagnadas, com os importadores reduzindo os preços oferecidos. O valor do dianteiro bovino para exportação caiu 8,16% na última semana, sendo cotado a US$ 4.500/t. Essa queda reflete uma combinação de cautela por parte dos chineses, que antecipam o Ano Novo Chinês, e um volume reduzido de operações pelas indústrias brasileiras.
Desempenho nas praças e contratos futuros
No mercado físico, a praça pecuária de Rondônia registrou leve alta (+0,18%), com preço médio de R$ 271,59/@. Já o Paraná teve o maior recuo pelo segundo dia consecutivo (-0,49%), ficando em R$ 303,00/@. Na B3, os contratos futuros também mostraram um dia de realizações, com exceção do vencimento para dezembro/24, que subiu 0,42%, fechando a R$ 312,40/@.
Preços médios da arroba do boi gordo pelo Brasil
- São Paulo: R$ 310 a R$ 315
- Minas Gerais: R$ 305 a R$ 310
- Goiás: R$ 300
- Mato Grosso do Sul: em Campo Grande, foi cotada em até R$ 315
- Mato Grosso: na região do Xingu, ao nível de R$ 290. Já em Rondonópolis, ficou em R$ 300
Mercado do boi gordo: o que esperar?
O mercado do boi gordo encontra-se em um momento de baixa liquidez e estabilidade, reflexo de um equilíbrio entre oferta ajustada e demanda limitada. Com as festas de fim de ano e a desaceleração nas exportações para a China, os preços tendem a permanecer acomodados no curto prazo. Para os produtores, o foco deve estar no manejo estratégico das boiadas, considerando o cenário atual e aproveitando oportunidades pontuais de negociação que surgirem. Já para os frigoríficos, o desafio será manter a rentabilidade em um mercado que caminha em ritmo lento.
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