Boi gordo firme a 220/@, mas cenário pode mudar; Entenda

Destaca-se que as previsões de índices pluviométricos para o mês de abril oferecem boas perspectivas de chuvas para o Centro-Norte brasileiro. No entanto, essas chuvas podem ocasionar um maior desgaste das pastagens entre os meses de maio e junho; confira as cotações do boi gordo

As negociações no mercado físico do boi gordo voltaram a demonstrar um perfil mais lateralizado nesta semana, com os pecuaristas adotando uma postura mais cautelosa na comercialização, conforme apontado pela Safras & Mercado. Esta cautela contribuiu para uma recuperação dos preços ao longo da semana, sustentada também pelo respaldo das pastagens.

Destaca-se que as previsões de índices pluviométricos para o mês de abril oferecem boas perspectivas de chuvas para o Centro-Norte brasileiro. No entanto, essas chuvas podem ocasionar um maior desgaste das pastagens entre os meses de maio e junho.

A Agrifatto confirmou o cenário, mencionando que, de fato, as negociações entre frigoríficos e pecuaristas prosseguiram em um ritmo moderado e cauteloso nesta quarta-feira, 10 de abril, com um volume negociado apenas o suficiente para manter o atendimento das programações em nove dias úteis, na média nacional.

No entanto, diz a consultoria, caso essa modalidade operacional persista, existe o risco de encolhimento das escalas de abate em um ou dois dias, o que as tornaria menos confortáveis para os frigoríficos.

Três das 17 praças monitoradas pela empresa registraram valorização da arroba: GO, MG e MS. As outras 14 mantiveram as suas cotações estáveis. “O aumento da arroba em três regiões produtoras se deveu ao excelente desempenho das exportações na primeira semana de abril e à gradual melhora das vendas no varejo doméstico, especialmente de dianteiros, entre segunda-feira e hoje”, justifica a Agrifatto.

Preços da arroba

São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$227,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de nove dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de sete dias;

Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de nove dias;

Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de treze dias;

Goiás — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de sete dias;

Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de treze dias;

Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de onze dias;

Paraná — O boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias.

No mercado futuro, nesta terça-feira (na B3), os contratos futuros caminharam em direção oposta ao mercado físico e todos passaram por desvalorização em comparação ao dia anterior, segundo a Agrifatto.

O indicador do boi gordo CEPEA/B3 registrou um aumento de 1,83% no dia 10 de abril de 2024, alcançando o valor de R$ 233,20. Essa variação reflete uma tendência de valorização do boi gordo, com um aumento de 0,39% no comparativo mensal. O valor em dólar ficou em US$ 45,92, indicando uma relativa estabilidade no mercado pecuário brasileiro.

Atacado

No mercado atacadista, os preços permaneceram estáveis ao longo da semana, refletindo uma relativa acomodação nas negociações. Apesar das expectativas de leve alta em determinados cortes, a competitividade da carne de frango continua exercendo pressão sobre as proteínas concorrentes, evidenciando sinais de sobreoferta neste início de abril. Os valores se mantiveram firmes, com o quarto traseiro cotado a R$ 18,00 por quilo, o quarto dianteiro a R$ 14,00 por quilo e a ponta de agulha seguindo a R$ 13,00 por quilo, indicando um cenário de estabilidade no mercado atacadista de carnes.

Câmbio

No cenário cambial, o dólar comercial encerrou a sessão do dia 10 de abril de 2024 em alta de 1,43%, sendo negociado a R$ 5,0779 para venda e a R$ 5,0758 para compra. Essa variação representa uma volatilidade significativa, com a moeda norte-americana oscilando entre a mínima de R$ 4,9991 e a máxima de R$ 5,0857 ao longo do dia. Essa instabilidade cambial pode influenciar os custos de produção e exportação, impactando indiretamente os preços no mercado pecuário brasileiro.

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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