
Enquanto o mercado vê esquentar os preparativos para as festividades do Natal, mercado do boi gordo segue esfriando com as indústrias já tendo escalas fechadas para este ano; o conforto nas negociações levou à estabilidade para as referências de preço da arroba
A liquidez do mercado físico do boi gordo está caindo por conta da proximidade das festividades, e a expectativa começa a se voltar para 2024. Com isso, o mercado físico do boi gordo registrou preços de estáveis a mais baixos nesta quinta-feira (21), a depender da praça analisada, informaram as consultorias que acompanham o mercado diariamente. De maneira geral, as escalas de abates estão confortáveis no país, próximas a 10 dias úteis, quadro que levou os frigoríficos a testarem o mercado em termos de preços.
Vale pontuar que alguns frigoríficos ficaram fora das compras do boi gordo, disse o analista da Consultoria Safras & Mercado, Allan Maia. A liquidez do físico está caindo por conta da proximidade das festividades, e a expectativa começa a se voltar para o mercado no início de 2024. Nas próximas semanas, o mercado deve prestar atenção na evolução das escalas, no movimento de preços no atacado, no clima e na situação das pastagens, completou o analista.
“Com escalas fechadas para este ano, o conforto nas negociações levou à estabilidade para as referências de preço da arroba do boi”, acrescenta a Scot Consultoria, referindo-se às praças de São Paulo, uma das principais referências do mercado pecuário.
Como de costume, o final do ano traz lentidão no mercado do boi gordo. Com escalas fechadas para este ano, o conforto nas negociações levou à estabilidade para as referências de preço da arroba do boi, continua a Scot. Com isso a cotação do boi está em R$245,00/@, a vaca em R$220,00/@ e a novilha em R$237,00/@, preços brutos e a prazo.
A arroba do “boi China” – animais jovens abatido com até 30 meses de idade – está sendo negociada em R$250,00, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@ em relação ao boi comum. Mercado esse que, em mais um ano, representou grande importância para formação dos preços da arroba e um grande parceiro comercial do Brasil.
Já o INDICADOR DO BOI GORDO CEPEA/B3, mostrou-se otimista trazendo uma variação positiva acumulada do mês de 4,38% no fechamento desta quinta-feira. Com isso, os preços subiram e alcançaram o patamar de R$ 250,20/@, conforme mostra o gráfico abaixo. Esse valor, porém, apesar de serem vistos em negociações, são apenas pontuais.

De acordo com informações da S&P Global Commodity Insights, a oferta e demanda atuais estão mantendo os preços do boi gordo estáveis nas principais regiões do Brasil. Dezembro, um mês de alto consumo de carne bovina no país, tem contribuído para a estabilidade dos preços. As indústrias brasileiras estão agindo com prudência, comprando apenas o necessário, o que limita aumentos significativos nos preços.
A consultoria prevê que não haverá mudanças drásticas no início de 2024, indicando uma continuação da estabilidade dos preços, apesar da oferta limitada de animais prontos para o abate. Paralelamente, os frigoríficos devem continuar ajustando suas compras de matéria-prima, focando em contratos de curto prazo..
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, os preços recuaram no decorrer do dia, a arroba foi negociada no dia na faixa entre R$ 240/245, para animais padrão China. Para o boi destinado ao mercado doméstico, houve tentativas de preços inferiores.
- Em Minas Gerais, os preços sofreram pequenas alterações. No Triângulo Mineiro, o boi gordo foi precificado em R$ 245/@ a prazo.
- Em Goiás, os preços ficaram firmes no decorrer do dia. O boi gordo foi precificado entre R$ 230/240/@ no sudoeste do estado.
- No Mato Grosso, houve ligeira movimentação nas cotações. Em Cáceres, o boi gordo foi precificado em R$ 208 a prazo. Em Campos de Júlio, o boi gordo recuou para R$ 210/@ a prazo.
Na B3, o vencimento para dezembro/23 teve valorização de 0,30% na quarta-feira (20/12), cotado a R$247,60/@. Por sua vez, após atingir os R$ 244,15/@ na mínima, o vencimento para janeiro /24 retornou e fechou o pregão de quarta-feira praticamente sem alteração em relação ao dia anterior, cotado em R$ 245,30/@.
Atacado
O mercado atacadista voltou a registrar preços acomodados no decorrer da última quinta-feira.
As expectativas agora estão voltadas para o consumo do período de festas, o que, posteriormente, pode favorecer a reposição. Vale pontuar que, após a virada do ano, a demanda pelos cortes mais nobres do traseiro tende a cair um pouco, o que deve dificultar o avanço de preços.
O quarto traseiro ficou estável em R$ 20,00 por quilo. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 13,00 por quilo. A ponta de agulha foi precificada a R$ 13,10 por quilo.
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