
Pecuaristas seguem reduzindo as ofertas de animais terminados, elevando a possibilidade de recuperação nos preços da arroba – R$ 255,00/@ -, com movimento que deve se intensificar, ainda mais, nas próximas semanas.
O mercado físico do boi gordo registrou aumento nos preços nesta quarta-feira, 21, principalmente nas praças paulistas, onde a oferta segue recuando de forma significativa. No Centro-Oeste do país, mais especificamente em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 241,00/@. Entretanto, cabe ressaltar que, o cenário segue repetindo a tendência dos dias anteriores, ou seja, em ritmo cadenciado, marcado pela estabilidade nos preços da arroba em diversas praças brasileiras.
Porém, essa tendência de alta deve se consolidar durante o próximo período de virada de mês, destacam as consultorias que acompanham o mercado diariamente. Ainda segundo elas, as escalas de abate indicam uma redução na oferta em grande parte do país, assim como os frigoríficos estão com estoques menores em comparação ao mês de maio.
No interior de São Paulo, conforme apuração da Scot Consultoria, as cotações das fêmeas ficaram estáveis, enquanto o volume de ofertas de boiadas gordas aparentemente diminuiu. Com isso, o animal macho “comum” (destinado ao mercado doméstico) segue valendo R$ 245/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 210/@ e R$ 230/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).
A demanda chinesa pela carne bovina brasileira segue se intensificando, trazendo maior otimismo para as indústrias habilitadas. Com isso, o destaque continua sendo pelo chamado “boi-China” paulista (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) está em R$ 255/@ (prazo, valor bruto), com ágio, portanto, diz a apontaram as consultorias, acrescentando, porém, que há registro de negócios em R$ 260/@.
Já o CEPEA – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, fechou a quarta-feira (21) com uma nova valorização de 0,54% frente ao dia anterior. Dessa forma, os preços ficaram apregoados com média de R$ 252,95/@. Com isso, os preços da arroba do boi brasileiro chegou a US$ 53,03/@ no mercado internacional, mostrando a força da pecuária nacional.
Apesar da demanda interna pela carne bovina não registrar sinais de evolução, a baixa oferta de boiada gorda passou a ser o fator preponderante para o comportamento de estabilidade – com leve viés de alta – da arroba do boi gordo, observa a S&P Global Commodity Insights.

A oferta de animais terminados é menor neste momento e espera-se uma diminuição ainda maior em julho, quando não haverá um grande volume de animais confinados no mercado. Segundo o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias haverá uma oferta residual de animais terminados a pasto, período de transição da entressafra.
Pecuaristas brasileiros vão confinar 7 milhões de bovinos
O Censo de Confinamento da empresa projeta um volume de 6,995 milhões de bovinos confinados esse ano, o que representa uma leve queda de 0,5% sobre os 7,028 milhões mapeados no ano passado. Porém, embora esse volume possa ser enxergado como estável do ano passado para esse, é importante reforçar que o sistema intensivo da pecuária de corte vem crescendo ao longo dos anos, chegando esse ano a um rebanho 47% superior ao número registrado em 2015, quando a empresa começou a realizar esse mapeamento e contabilizou 4,75 milhões de bovinos confinados.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi atingiu R$ 248.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 241.
- Em Cuiabá (MT), a arroba ficou em R$ 208.
- Em Goiânia (GO) foi indicado o valor de R$ 228 para a arroba do boi gordo.
- Em Uberaba (MG), o preço da arroba foi de R$ 227.

Boi gordo no atacado
No atacado e varejo, as vendas de carne bovina vêm perdendo força. Até mesmo os cortes mais em conta que há poucos dias estavam com melhor saída, agora passam a ficar na prateleira – contexto típico de segunda quinzena mensal, apontou a Agrifatto.
Outro aspecto a ser destacado é a competitividade das proteínas concorrentes, especialmente a carne de frango, em comparação com a carne bovina. Isso é relevante para a parcela da população com menor renda, como assinalado por Iglesias.
O quarto traseiro foi precificado em R$ 18,15 por quilo, mantendo-se estável. O quarto dianteiro teve um preço de R$ 13,30 por quilo, também inalterado. A ponta de agulha foi vendida a R$ 13,00 por quilo, sem alterações.
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