
Mercado físico do boi gordo registra avanços, impulsionado por oferta restrita e exportações aquecidas em importantes praças pecuárias; confira o preço por região
O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar valorização nesta quarta-feira (13), com cinco praças pecuárias registrando alta nas cotações: São Paulo, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro e Rondônia. Dados da Agrifatto apontam que a sustentação vem de uma oferta restrita de animais prontos para o abate e do forte ritmo das exportações de carne bovina, mesmo diante de desafios externos como as tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos.
Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado, o cenário ainda indica espaço para reajustes no curto prazo, mas de forma mais moderada: “A tendência é de um movimento mais compassado, sem a agressividade de momentos anteriores. A demanda externa segue sendo o principal fator de sustentação dos preços.”
No mercado paulista, o boi gordo sem padrão de exportação está cotado a R$ 315/@, enquanto o “boi-China” alcança R$ 320/@. Levantamento da Scot Consultoria aponta valores ligeiramente inferiores, com o boi “comum” negociado a R$ 308/@ e o animal apto ao mercado chinês com um ágio de R$ 5/@, chegando a R$ 313/@. Já a média estadual apurada pelo Compre Rural mostra R$ 316,33/@, ante R$ 315,25/@ no dia anterior.
Preço do boi gordo por estado
Valores médios apurados no dia 13/08 para o animal terminado:
Estado | Cotação atual (R$/@) | Cotação anterior (R$/@) | Variação |
---|---|---|---|
São Paulo | 316,33 | 315,25 | +1,08 |
Maranhão | Alta | — | — |
Pará | Alta | — | — |
Rio de Janeiro | Alta | — | — |
Rondônia | Alta | — | — |
Minas Gerais | 302,94 | 302,94 | Estável |
Mato Grosso do Sul | 318,86 | 318,41 | +0,45 |
Mato Grosso | 307,36 | 303,11 | +4,25 |
Mercado atacadista reage
O mercado atacadista também apresentou altas nos preços da carne bovina. O quarto traseiro foi negociado a R$ 23,30/kg (+R$ 0,30), o quarto dianteiro a R$ 18,00/kg (+R$ 0,20) e a ponta de agulha a R$ 17,20/kg (+R$ 0,20). Apesar do avanço, o perfil mais comedido do consumo interno na segunda quinzena do mês pode limitar novos reajustes, especialmente diante da competitividade da carne de frango no varejo.
Perspectivas para o curto prazo
Para a Agrifatto e para a Safras & Mercado, os preços devem permanecer firmes no restante de agosto, sustentados por escalas de abate curtas, que não ultrapassam sete dias, e por um volume expressivo de exportações. Mesmo com a retração sazonal no consumo interno, o histórico do mês reforça a expectativa de estabilidade ou novas altas pontuais nas próximas semanas.
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