Boi gordo sobe mais de R$ 5/@ e preço segue em alta

A oferta de animais não deve avançar no curto prazo, já que a estiagem prolongada acabou atrasando o desenvolvimento da boiada à pasto, veja!

O mercado físico de boi gordo teve preços de estáveis a mais altos nesta segunda-feira, 11. Segundo levantamento, os frigoríficos tem ofertado maiores preços, diante de um quadro de oferta que segue muito baixo, fator primordial que vem dando sustentação aos preços desde a virada do ano. Outro ponto importante é a valorização do dólar, trazendo maior apetite externo pela carne.

Com a oferta enxuta na maioria das praças pecuárias e as escalas de abate não evoluindo, os compradores estiveram ativos e, segundo o Indicador do Cepea, os preços subiram mais de R$ 5/@ na comparação diária. Mas afinal de contas, os preços atingiram o limite ou podem subir mais?

Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, na comparação com a sexta-feira (8/1) as cotações do boi gordo e da vaca gorda subiram R$2,00/@, e a da novilha gorda para abate subiu R$3,00/@. Com isso, as categorias foram negociadas, respectivamente, em R$279,00/@, R$262,00/@ e R$270,00/@, preços brutos e à vista. Negócios envolvendo novilha gorda para abate chegaram a ser firmadas com o mesmo preço da arroba do boi gordo. 

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 275,73/@, na segunda-feira (11/01), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 279,96/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 267,64/@.

Destaque para o Indicador do Cepea, com uma valorização superior a 5%, os preços subiram de R$ 279,50, na última sexta-feira, para R$ 284,70 na abertura da semana. A alta representa uma valorização de R$ 5,20/@.

Arroba ganha mais um fator para disparada de preços

A semana começou com dificuldades dos frigoríficos em preencher suas escalas de abate, e com isso, as cotações do animal permaneceram pressionadas. A referência para negócios em São Paulo continuou nos R$ 280,00/@.

No entanto, com o dólar batendo na casa dos R$ 5,50, o apetite externo aumentando, alguns negócios de R$ 285,00/@ começam a pipocar. Na B3, o contrato com vencimento para janeiro/21 valorizou-se 1,12%, ficando cotado a R$ 285,60/@

Já como limitador de movimentos mais agressivos de alta, ainda segue atuando a demanda enfraquecida de carne bovina ao longo do mês de janeiro. “O consumidor médio está descapitalizado, avaliando a incidência de diversas despesas, a exemplo do IPVA, IPTU e a compra de material escolar. No entanto, a demanda externa iniciou o ano de maneira positiva, com um bom fluxo de embarques”, assinala Iglesias da Agência Safras.

Giro do boi gordo pelo Brasil

  • Em São Paulo, Capital, a arroba do boi ficou a R$ 280, estável.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 270, também inalterado.
  • Em Dourados (MS), a arroba subiu de R$ 268 para R$ 269.
  • Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 258, contra R$ 256.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, o valor registrado foi de R$ 275, inalterada.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina voltaram a subir. Conforme Iglesias, a necessidade de reposição das redes varejistas resultou em uma nova rodada de reajustes, apesar do cenário de descapitalização do consumidor médio, agravada pelo término das parcelas do auxílio emergencial.

Com isso, o corte traseiro passou de R$ 20,50 o quilo para R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,50 o quilo, contra R$ 14,50 o quilo na sexta-feira, enquanto a ponta de agulha passou de R$ 14,70 o quilo para R$ 15,50 o quilo.

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