Boi gordo vai a R$ 325/@ e deve disparar com retomada das compras nesta semana

Retorno gradual dos agentes ao mercado, que deverá ser impulsionada pela readequação das escalas de abate e pela menor oferta de animais, pode resultar em movimento de alta nos preços da arroba do boi gordo já nos próximos dias.

O mercado físico do boi gordo encerrou a última semana com preços firmes e expectativas positivas para o curto prazo. Com o retorno gradual dos agentes ao mercado após o período de festas, a liquidez deve melhorar, impulsionada pela readequação das escalas de abate e pela menor oferta de animais.

Segundo a consultoria Safras & Mercado, esse cenário pode resultar em movimento de alta nos preços da arroba já nos próximos dias. De acordo com Allan Maia, analista da Safras & Mercado, o encurtamento das escalas de algumas plantas frigoríficas no final de 2024 gerou uma postura mais ativa das indústrias nas compras do boi gordo.

Esse movimento tende a beneficiar os preços, sobretudo em estados como São Paulo, onde o boi gordo comum variou entre R$ 310 e R$ 315/@, enquanto o “boi China” chegou a R$ 325/@.

Segundo a Scot Consultoria, o mercado paulista do boi gordo mostrou sinais de ajuste na sexta-feira, com alta de R$ 5,00/@ para o “boi China”, enquanto as demais categorias permaneceram estáveis. As escalas de abate permanecem curtas, com média de seis dias, o que pode pressionar ainda mais os preços em um ambiente de oferta reduzida.

Nos demais estados, os preços se mantiveram estáveis ou apresentaram pequenas altas:

  • Minas Gerais: entre R$ 300 e R$ 310/@;
  • Goiás: variou de R$ 300 a R$ 310/@;
  • Mato Grosso do Sul: em Campo Grande e Naviraí, preços de até R$ 315/@;
  • Mato Grosso: em Barra dos Garças, entre R$ 310 e R$ 315/@, e em Mirassol d’Oeste, R$ 305/@.

Futuro promissor no mercado do boi gordo

Na B3, o contrato futuro do boi gordo, com vencimento em dezembro de 2024 (BGIZ24), encerrou o mês com cotação de R$ 316,26/@, à vista e livre de impostos. Esse valor reforça as expectativas de um ano promissor para o setor, impulsionado pela retomada das exportações e pelas condições favoráveis nas pastagens.

Com a oferta ainda restrita e as plantas frigoríficas mais ativas nas compras, o mercado do boi gordo deve continuar em alta, atendendo tanto às demandas internas quanto às pressões externas, como o dólar e o fluxo de exportação. O cenário aponta para preços ainda mais elevados nas próximas semanas, consolidando o otimismo entre pecuaristas e agentes do setor.

Mercado atacadista e perfil de consumo

No mercado atacadista, os preços permaneceram estáveis, com expectativa de melhora no consumo devido à entrada da massa salarial. Entretanto, o analista destacou que, com o fim das festividades, a demanda por cortes nobres tende a dar lugar a cortes mais acessíveis. Os preços dos principais cortes ficaram assim:

  • Quarto dianteiro: R$ 20,30/kg;
  • Quarto traseiro: R$ 26,70/kg;
  • Ponta de agulha: R$ 19,40/kg.

Impacto do dólar no mercado

O dólar comercial fechou a última sessão em alta de 0,31%, cotado a R$ 6,1820 para venda, após oscilar entre R$ 6,1357 e R$ 6,1997. Apesar da leve valorização diária, a moeda acumulou queda semanal de 0,13%. Essa variação cambial influencia diretamente as exportações de carne bovina, podendo impactar os preços internos.

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