
Esse cenário reforça o otimismo para os pecuaristas, com uma expectativa de continuidade da alta nos preços do boi gordo no curto prazo, enquanto as indústrias seguem enfrentando desafios para aumentar suas escalas de abate.
O mercado físico do boi gordo continua apresentando ao longo dessa semana novos movimentos de alta, com novas negociações acima da média de referência. Segundo as consultorias que acompanham o mercado diariamente, esse cenário reforça o otimismo para os pecuaristas, com uma expectativa de continuidade da alta no curto prazo, enquanto as indústrias seguem enfrentando desafios para aumentar suas escalas de abate.
Segundo especialistas, como o analista Fernando Henrique Iglesias, da Safras & Mercado, essa tendência se mantém forte mesmo com a dificuldade das indústrias em avançar nas escalas de abate. A demanda aquecida, especialmente no setor de exportações, é um dos principais fatores que impulsionam o cenário.
“O que se observa é a manutenção das escalas de abate em uma posição pouco confortável, apesar da elevação dos preços”, afirmou Iglesias. Isso reflete um desequilíbrio entre a oferta limitada de animais terminados e a crescente procura por carne bovina no mercado interno e externo.
Na praça paulista, após a alta do boi “comum” na segunda-feira (30/9), o mercado paulista registrou avanço R$ 3/@ nos preços do “boi-China” e da novilha gorda, agora negociados por R$ 258/@ e R$ 275/@, respectivamente, de acordo com dados da Scot Consultoria.
Para a Agrifatto, em São Paulo, o mercado continua aquecido. Na última terça-feira (1/10), o preço do “boi-China” atingiu R$ 275/@, com a novilha gorda negociada a R$ 258/@. Já o boi comum destinado ao mercado interno mantém-se em R$ 270/@, enquanto a vaca gorda está cotada a R$ 245/@, de acordo com a Scot Consultoria. Em Minas Gerais, o boi China vale R$ 265/@, e em Mato Grosso do Sul, R$ 275/@.
Para o Indicador do Boi Gordo Cepea/B3, os preços seguem avançando na média paulista. Após encerrar o mês de setembro com uma das maiores altas registradas ao longo desse ano, uma valorização de 14,43%, voltou a acumular nova alta e encerrou a terça-feira cotado a R$ 276,35/@. Além disso, cabe registrar que o boi gordo brasileiro voltou a superar o valor de US$ 50,63/@. Confira o gráfico abaixo com o comportamento dos preços da arroba.

Preços médios da arroba do boi gordo pelas principais praças pecuárias do país
- São Paulo: R$ 278,00/@ ou R$ 281,00/@ no valor a prazo
- Goiás: R$ 267,00/@
- Minas Gerais: R$ 273,00/@
- Mato Grosso do Sul: R$ 280,00/@
- Mato Grosso: R$ 241,00/@
Além disso, o dólar teve uma leve alta de 0,27%, encerrando o dia cotado a R$ 5,4627 para venda. A oscilação da moeda norte-americana segue impactando diretamente o setor de exportações, que depende fortemente da variação cambial.
Conforme dados da Agrifatto, o preço médio do boi gordo em São Paulo em setembro de 2024 chegou a R$ 256,14/@, o maior patamar em 17 meses. Já o contrato futuro do boi gordo na B3, com vencimento em outubro/24, fechou em R$ 274/@. No mercado atacadista, a carcaça bovina registrou alta de 2,14% em relação à semana anterior, alcançando R$ 17,93/kg, maior nível semanal desde abril de 2023.
No mercado atacadista, os preços firmes continuam prevalecendo, impulsionados pela injeção de salários na economia. No entanto, a competitividade da carne bovina pode diminuir, especialmente em comparação com a carne de frango, considerada uma opção mais acessível. Iglesias destaca que, com a alta contínua dos preços da carne bovina, “a população tende a buscar alternativas que causem menor impacto na renda familiar”, uma questão crucial para os consumidores de menor poder aquisitivo.
Os valores dos cortes seguem em níveis elevados: o quarto traseiro está cotado a R$ 19,90/kg, a ponta de agulha a R$ 15,00/kg e o quarto dianteiro a R$ 15,15/kg.
Esse cenário reforça o otimismo para os pecuaristas, com uma expectativa de continuidade da alta no curto prazo, enquanto as indústrias seguem enfrentando desafios para aumentar suas escalas de abate.
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